O dia 1° de fevereiro ficou conhecido entre os entusiastas de tecnologia como o ‘Dia Mundial de Mudar sua Senha’. Uma data criada especialmente para chamar a atenção das pessoas sobre a importância de alterar as suas credenciais utilizadas para acessar contas de e-mail, redes sociais e demais serviços digitais.

Com o Brasil liderando o ranking dos países que passam mais horas por dia acessando diversas plataformas pelo celular, segundo um levantamento da AppAnnie, o tema fica ainda mais relevante por aqui. É o que explica Fred Amaral, co-fundador da Dock, que atua na América Latina no ramo de tecnologia para serviços financeiros.

“Com vidas cada vez mais conectadas e o acesso virtual diário a uma série de plataformas que contém nossos dados pessoais – bancos, gerenciadores de fotos, planos de saúde, ferramentas de trabalho etc -, a segurança online precisa ser uma preocupação”, destacou Amaral.

Confira algumas dicas para criar e manter as suas senhas mais seguras, dificultando a possibilidade de sofrer com ataques de invasores.

publicidade

Priorize combinações complexas

Dia Mundial de Mudar sua Senha: como criar combinações mais seguras
Evite usar o seu nome, data de nascimento, cidade, telefone ou sequências fáceis como senha. Imagem: Vitalii Vodolazskyi/Shutterstock

Normalmente, as tentativas de invasão acontecem por meio dos “bots”, robôs virtuais que tentam efetuar o login repetidamente por horas. Sendo assim, quanto mais complexa for uma senha, mais tentativas serão necessárias, o que ajuda os sistemas de segurança de um banco ou rede social a bloquear automaticamente a ação dos cibercriminosos.

Não utilize, por exemplo, senhas baseadas em seu nome, data de nascimento, cidade, telefone ou sequências fáceis como “1234”. Segundo os especialistas em segurança da Dock, se possível, a dica é optar por algo em torno de 10 caracteres. 

Caso uma plataforma exija menos ou mais, crie variações, inserindo ou retirando caracteres especiais e números. Crie um “tronco principal” e invente variações dele, trocando letras por números parecidos, como “A” por “4” e “i” por “1”, ou “a” por “@”. 

Outra dica é pensar em frases ou combinação de palavras que não sejam fáceis de ligar até você, já que esses bots também procuram por termos em perfis nas redes sociais como ponto de partida.

Não utilize a mesma senha para vários serviços

Evite a tentação de usar a mesma senha para acessar diferentes serviços de modo a facilitar a sua memorização. Para quem costuma esquecer as suas credenciais, pode ser uma boa ideia experimentar um “cofre de senhas”, um tipo de serviço que mantém várias senhas em um único local seguro.

Alguns exemplos são: LastPass, 1Password e Bitwarden. 

Altere suas senhas duas vezes ao ano

O padrão de segurança seguido por diversas empresas é trocar as senhas geralmente a cada 3 meses. Para uso pessoal, a recomendação dos especialistas é que a alteração seja feita ao menos a cada 6 meses.

Outra recomendação é ativar sempre que possível o recurso de autenticação em dois fatores, que aprova as tentativas de login por códigos enviados via SMS ou por meio de outros aplicativos.

Caso queira verificar se alguma senha pessoal foi vazada na web, acesse o site haveibeenpwned.com e preencha a barra de busca com um endereço de e-mail ou número de telefone. A plataforma também mostra se outros dados pessoais foram descobertos. 

Como as senhas são roubadas?

Existem duas principais formas exploradas por hackers para roubar senhas: usando os bots, que podem adivinhar senhas realizando centenas de tentativas por minuto (muitas vezes com base em informações sobre a vítima disponíveis na internet); ou enganando o usuário através de sites falsos (phishing) ou mensagens que solicitam dados de login e senha. 

Geralmente, o objetivo é obter ganhos financeiros acessando contas de banco, pedindo resgate de contas nas redes sociais e enviando mensagens fingindo ser o dono de um perfil ou número de celular, um golpe cada vez mais comum.

No fim, caso detecte algum vazamento ou tentativa de acesso não autorizado, o essencial é alterar a senha comprometida o mais rápido possível. Se a senha for de um banco, também vale informar a instituição financeira sobre o caso.

Veja também

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!