Apesar de atravessar um momento de quedas sucessivas no mercado de criptomoedas, um grupo de especialistas em ativos digitais reunidos pela plataforma Finder indica que o Bitcoin pode chegar a US$ 93,7 mil em 2022, antes de encerrar o ano sendo cotado a US$ 76,3 mil.
Para David Klinger, fundador da Coteries Corporation, a expectativa é ainda mais positiva. O executivo é um dos que esperam que o Bitcoin alcance a marca de US$ 100 mil ainda este ano. “À medida que se torna mais acessível por meio de instituições financeiras estabelecidas, o Bitcoin deve continuar a crescer a longo e médio prazo,” disse Klinger.
Já Vanessa Harris, Diretora de Produto na Permission, acredita que o pico da criptomoeda mais popular do mercado será ainda mais expressivo: US$ 220 mil. Harris aponta que o Bitcoin “está melhor posicionado” que outros ativos de risco para servir como “reserva de valor” em meio ao avanço da inflação pelo mundo.
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Entretanto, nem todos os especialistas concordam com a supervalorização do Bitcoin em 2022. É o caso do fundador da CoinFlip, Daniel Polotsky. Daniel acredita que o pico atingido em 2022 será mais modesto, cerca de US$ 60 mil. O executivo também destaca que a moeda digital cumpre um papel importante como saída para lutar contra o avanço da inflação, que já chegou a 7% nos Estados Unidos.
Gavin Smith, CEO da empresa de investimentos em criptoativos Panxora, acredita que as taxas de juros altas terão um impacto temporário no preço do Bitcoin.
“A primeira metade de 2022 será dominada por preocupações sobre como a alta nas taxas de juros poderá afetar os ativos de risco, incluindo o Bitcoin. Não ficaríamos surpresos se o Bitcoin tivesse uma queda de mais 30% em relação aos níveis atuais”.
Smith espera que o Bitcoin comece a dar sinais de recuperação somente no segundo semestre de 2022, alcançando “novos picos no final do ano”.
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Projeção para o futuro do Bitcoin
Em média, o grupo de analistas espera que a criptomoeda salte para US$ 192,8 mil até o fim de 2025, antes de disparar para mais de US$ 406 mil até 2030.
John Hawkins, conferencista sênior da Universidade de Canberra, acredita, assim como outros 30% dos 33 especialistas reunidos pelo Finder, que o mercado de criptomoedas é uma bolha. “O BTC (Bitcoin) é uma bolha especulativa que pode finalmente estourar com as altas taxas de juros, levando a uma atitude revisada em relação a este tipo de investimento”.
No entanto, a maioria dos analistas (58%) não acredita na existência de uma bolha, sugerindo que o Bitcoin é uma moeda a ser observada em um cenário de queda prolongada no mercado, funcionando como um “porto seguro” em momento de incerteza como o que economia global se encontra.
No geral, de acordo com 61% dos especialistas ouvidos pelo Finder, é uma boa hora para comprar Bitcoin. Já 29% dizem que o momento é de manter reservas do criptoativo, enquanto apenas 10% afirmaram que a melhor opção é vender. O relatório completo pode ser visto aqui.
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