Caçador de raios gama da Nasa volta à ativa após período em modo de segurança

Por Flavia Correia, editado por Acsa Gomes 21/02/2022 15h38, atualizada em 23/02/2022 15h15
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Depois de um período trabalhando em modo de segurança, o Observatório Neil Gehrels Swift, um “caçador de raios gama” de quase 18 anos da Nasa, está de volta às operações científicas. 

De acordo com a agência espacial norte-americana, a pausa temporária foi necessária em resposta a uma falha em uma das rodas de reação. Swift usa um total de seis desses discos, usados para apontar de forma autônoma a espaçonave na direção de possíveis rajadas de raios gama (GRBs).

Ilustração artística 3D do Observatório Neil Gehrels Swift. Imagem: NASA

Agora, o observatório está operando com apenas cinco rodas de reação, segundo revelou a Nasa em comunicado. “A espaçonave e seus três instrumentos estão saudáveis e operando como esperado”, diz a nota. “A equipe está monitorando o desempenho do observatório, enquanto Swift retoma sua missão de estudar o universo de alta energia”.

De acordo com a Nasa, a correção permitirá que Swift continue sondando as origens dos GRBs, que são explosões incrivelmente energéticas em galáxias distantes que intrigam os astrônomos há décadas. A missão primária de Swift foi planejada para durar apenas dois anos, sendo estendida em várias ocasiões com base em seu desempenho científico e saúde de seus instrumentos.

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A falta de uma das rodas pode interferir no trabalho do caçador de raios gama, mas sem atrapalhar seus resultados. “A equipe espera que a mudança atrase ligeiramente o tempo inicial de resposta da espaçonave ao responder aos gatilhos de explosão de raios gama a bordo, mas isso não afetará a capacidade de Swift de fazer essas observações e atender aos seus requisitos operacionais originais”.

Origem dos raios gama é desconhecida

Raios gama são a forma mais energética de luz, persistindo em qualquer lugar por meros milissegundos a horas. No entanto, a origem dessas explosões ainda não está bem documentada.

Explosões de supernovas ou colisões entre os densos remanescentes de supernovas, que são chamadas de estrelas de nêutrons, são algumas das possibilidades. 

Há outra teoria também. “Evidências de satélites recentes indicam que a energia por trás de uma explosão de raios gama vem do colapso da matéria em um buraco negro”, diz o comunicado da Nasa.

Segundo a agência, os astrônomos classificam os GRBs em dois tipos: longa duração e curta duração. “Essas duas classes provavelmente são criadas por processos diferentes, mas o resultado final em ambos os casos é um novo buraco negro”.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.