Google reduz salários na Carolina do Norte e trabalhadores protestam

O Google reduziu os salários dos funcionários da Carolina do Norte, gerando insatisfação entre os trabalhadores
Karoline Albuquerque21/02/2022 10h56
Sede europeia do Google em Dublin, Irlanda.
Crédito editorial: Nicola_K_photos / Shutterstock
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Novos funcionários do Google em alguns escritórios da big tech na Carolina do Norte entraram com salários reduzidos. Esses trabalhadores são de áreas que os executivos da empresa dizem ajudar a diversificar a força de trabalho, com a gigante da tecnologia contratando pessoas fora das grandes cidades.

Os empregados estão preocupados, segundo eles, porque o Google cortou os salários da área de Chapel Hill, Durham e Raleigh, conhecida como “Triângulo”, em 2020. Os pagamentos são menores do que o de regiões metropolitanas comparáveis. A carta dos funcionários foi obtida pelo jornal Washington Post.

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O grande problema é que o Google usa essas áreas afastadas para contratar, por exemplo, mais engenheiros negros. Assim, mesmo com a diversificação, os profissionais seguem ganhando menos. Outra redução está nas concessões de ações, parte significativa da remuneração total desses trabalhadores de tecnologia, que caiu bastante no mês passado.

Para alguns empregados, essa queda representa até 25% do que se trabalhassem, por exemplo, no escritório de Atlanta. Agora, os funcionários pedem que os cortes salariais sejam revertidos e os chefes se comprometam com a transparência sobre as diferenças salariais regionais.

Google. Imagem: Shutterstock/achinthamb
A maioria dos funcionários do Google se concentram na Baía de São Francisco, uma das áreas mais caras para se viver nos EUA. Imagem: Shutterstock

“Por que essa nova política está sendo introduzida depois que nosso trabalho contribuiu para um desempenho recorde no mercado de ações, apesar da Covid-19?”, disseram os funcionários na carta. Em 2021, o Google faturou US$ 257,6 bilhões em receita. O valor representa um aumento de 41% em relação a 2020.

A maior parte dos funcionários da big tech se concentram na área da Baía de São Francisco, uma das áreas mais caras para se viver nos Estados Unidos. Em 2020, a empresa buscou outras localidades para ampliar a diversidade.

Mas, com o corte salarial, os trabalhadores da Carolina do Norte enxergam uma diferença direcionada. “Isso se encaixa nesse padrão de ir para o Sul tentar ter mão de obra mais barata. Isso parece muito ruim”, destacou um funcionário, ao Washington Post.

Via: Washington Post

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Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital