Em um novo recorde para seus Programas de Recompensas por Vulnerabilidades (VRPs), votados para caçadores de bugs, o Google pagou US$ 8,7 milhões a pesquisadores de diversos países no ano passado. Esse montante seria o equivalente a R$ 45,7 milhões hoje (14/02), para termos uma ideia. Em 2020, a empresa tinha pago mais de US$ 6,7 milhões aos caçadores.

A maior recompensa paga em 2021 pelo Google foi de US$ 157 mil (quase R$ 825 mil) – pagamento feito aos caçadores pela descoberta de uma cadeia de exploração no sistema operacional Android. Ao todo, 696 pesquisadores baseados em 62 países foram recompensados por descobrirem e relatarem milhares de vulnerabilidades nas tecnologias do Google.

publicidade

Leia também:

Android, Chrome e Google Play

Quase US$ 3 milhões (ou seja, mais de R$ 15,7 milhões) do total das recompensas foram pagos pelo Android VRP, que dobrou seus pagamentos totais de 2020 em 2021. “Nosso prêmio líder do setor de US$ 1.500.000 por um comprometimento de nosso chip Titan-M Security usado em nosso dispositivo Pixel permanece não reivindicado”, explicou o Google. A empresa tem mais informações sobre essa recompensa e recompensas da cadeia de exploração do Android em sua página de regras públicas.

publicidade

115 pesquisadores do Chrome VRP foram recompensados ​​por 333 relatórios exclusivos de bugs de segurança enviados em 2021, totalizando US$ 3,3 milhões (R$ 17,34 milhões) em recompensas do programa no ano passado. “As contribuições não apenas nos ajudam a melhorar o Chrome, mas também a web em geral, reforçando a segurança de todos os navegadores baseados no Chromium”.

Dos US$ 3,3 milhões, US$ 3,1 milhões foram pagos pelo programa por bugs de segurança no navegador (cerca de R$ 16,2 milhões). Já o maior pagamento do Chrome VRP foi de US$ 45 mil (cerca de R$ 236 mil) para um relatório individual de bugs de segurança do Chrome OS – ao todo, o programa pagou US$ 250,5 mil (mais de R$ 1,3 milhões) para caçadores de bugs do sistema operacional.

publicidade

O Google Play também foi responsável por US$ 550 mil (quase R$ 2,9 milhões) em recompensas por bugs. Este valor também significa um grande aumento do que foi pago aos caçadores de bugs do serviço de distribuição digital da empresa em 2020 (US$ 270 mil). Um total de 60 pesquisadores foram pagos por seus relatórios de segurança do Google Play enviados no ano passado.

Project Zero

Enquanto isso, novos dados do Google – também divulgados esta semana – mostraram que os caçadores de bugs da equipe do Project Zero da empresa descobriram e relataram 376 problemas de segurança em tecnologias pertencentes a vários outros fornecedores entre 2019 e 2021.

publicidade

A análise do Google mostrou que 351 desses bugs foram corrigidos, enquanto os restantes foram marcados como “WonFix” – problemas que os respectivos fornecedores não deverão corrigir. 96 bugs (26% do total de vulnerabilidades que a equipe do Project Zero descobriu entre 2019 e 2021) envolviam tecnologias da Microsoft, 85 eram relacionadas à Apple e 60 estavam vinculados às tecnologias do Google.

Entre esses fornecedores, segundo seu próprio relatório, o Google foi o mais rápido em lidar com vulnerabilidades divulgadas, levando em média 44 dias para corrigir uma falha. Em comparação, foram 69 dias da Apple e 83 dias da Microsoft.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!