Dados de clientes de bancos que usam o Pix para realizar transações acabam vazando de vez em quando. E esse problema dificilmente acabará. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), afirmou que não pode prometer “vazamento zero”, mas se comprometeu com a transparência quando isso ocorrer.
“Vazamentos acontecem, não tenho como prometer vazamento zero”, disse Campos Neto, em uma palestra sobre cenário econômico, nesta segunda-feira (21), promovida pelo Canal Agro+. Ele acrescentou ainda que, ao afirmar isso, não tem a intenção de banalizar a divulgação indevida de dados das pessoas.
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Roberto Campos Neto também destacou que o Banco Central vem aprimorando os mecanismos de segurança do Pix. Ele garantiu que a entidade estuda “medidas mais enérgicas” e que nenhum desses vazamentos, até agora, ocorreu por meio do BC.
O mandatário, durante a palestra, ainda disse que na Europa, por exemplo, esses problemas não são comunicados de forma transparente, como acontece aqui. “Qualquer tipo de vazamento no Pix será comunicado, não importando a quantidade de chaves. Vamos anunciar qualquer tipo de vazamento, de qualquer dado”, reforçou.
Por outro lado, ele minimizou o vazamento recente de nomes e CPFs de novos usuários registrados, alegando que não são dados sensíveis. O presidente do BC comparou com dados antigamente estampados em cheques ou fornecidos pelos cidadãos em estabelecimentos comerciais.
O Pix tem pouco mais de um ano de operação e é amplamente aceito pela população. A expectativa é que a forma de pagamento ultrapasse outros métodos, como o boleto, em transações no e-commerce, por exemplo. Em pequenos negócios, nove em cada dez já aceitam o método.
Via: Infomoney
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