Junto com o ítrio (Y), o érbio (Er) e o térbio (Tb), o Itérbio (Yb) é um dos quatro elementos da tabela periódica encontrados na mina Ytterby, no arquipélago de Estocolmo, na Suécia, há mais de 230 anos. Agora, astrônomos acreditam ter descoberto a origem desse elemento na Via Láctea.

Junto com o ítrio (Y), o érbio (Er) e o térbio (Tb), o Itérbio (Yb), na imagem acima, é um dos quatro elementos da tabela periódica encontrados na mina Ytterby, na Suécia, no século 18. Imagem: Bjoern Wylezich – Shutterstock

Uma equipe de pesquisa liderada pela Universidade de Lund forneceu uma importante pista para a origem do itérbio no universo, indicando que o elemento pode surgir de explosões de supernovas. A pesquisa inovadora está em fase de pré-impressão e foi aceita para publicação no periódico científico Astronomy & Astrophysics.

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De acordo com os cientistas, o mais interessante no itérbio é que o elemento pode ter duas origens cósmicas diferentes. Uma parte vem de estrelas pesadas com vidas curtas, enquanto outra surge de estrelas mais regulares, assim como o Sol, que produziriam itérbio nos estágios finais de suas vidas relativamente longas.

Descoberta abre portas para mapeamento de áreas inexploradas da Via Láctea

“Ao estudar estrelas formadas em diferentes épocas da Via Láctea, conseguimos investigar a rapidez com que a quantidade de itérbio aumentou na galáxia. O que conseguimos fazer foi adicionar estrelas relativamente jovens ao estudo”, diz Martin Montelius, pesquisador de astronomia da Universidade de Lund na época da pesquisa, e agora na Universidade de Groningen.

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Especula-se que o itérbio foi lançado ao espaço por explosões de supernovas, ventos estelares e nebulosas planetárias. Então, ele se acumulou em grandes nuvens espaciais das quais novas estrelas se formaram.

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Ao examinarem análises espectrais de alta qualidade de cerca de 30 estrelas nas proximidades do Sol, os pesquisadores conseguiram fornecer importante suporte experimental para a teoria da origem cósmica do itérbio. 

“O instrumento que usamos é um espectrômetro supersensível que pode detectar luz infravermelha em alta resolução. Foi usado com dois telescópios no sul dos Estados Unidos, um no Arizona e outro no Texas”, revelou Montelius.

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Uma vez que a análise do itérbio foi feita usando luz infravermelha, os pesquisadores explicam que agora será possível estudar grandes áreas da Via Láctea que estão escondidas sob uma poeira impenetrável, já que a luz infravermelha pode atravessar a poeira da mesma forma que a luz vermelha de um pôr-do-sol pode passar pela atmosfera da Terra.

“Nosso estudo abre a possibilidade de mapear extensas partes da Via Láctea que são inexploradas. Isso significa que poderemos comparar a história evolutiva em diferentes partes da galáxia”, conclui Rebecca Forsberg, doutoranda em astronomia na Universidade de Lund e membro da equipe.

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