Robôs modulares que mudam de forma podem ajudar os astronautas

Por Flavia Correia, editado por Acsa Gomes 23/02/2022 16h36, atualizada em 09/12/2022 15h32
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Pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, e da Universidade de Calgary, no Canadá, desenvolveram um sistema de robôs modulares que podem se reorganizar em diferentes formas. 

Cubos robóticos usam eletroímãs para de deslocarem uns sobre os outros e se movimentarem. Imagem: MIT CSAIL

Chamados de Electrovoxels, esses cubos robóticos não têm motores ou peças móveis. Em vez disso, eles usam eletroímãs para se deslocarem um sobre o outro.

Segundo os desenvolvedores, cada borda de um cubo ElectroVoxel é um núcleo de ferrite eletromagnético envolto com fio de cobre. O comprimento de cada lado é de cerca de 60 milímetros, e o custo total é de apenas 60 centavos de dólar (R$3).

Quando a polaridade de um ímã é alterada, as bordas atraem ou repelem umas as outras. Isso faz com que os cubos mudem para uma orientação diferente. Placas de circuito impressos dentro de cada cubo controlam a direção da corrente de cada eletroímã.

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Com dois tipos básicos de movimento, os ElectroVoxels podem girar em torno da borda de outro cubo, ou atravessar de um robô para o próximo. De acordo com o site Engadget, um software é responsável por organizar o movimento, ativando ímãs específicos, controlando a velocidade do cubo e cuidando para que eles não colidam entre si.

De acordo com os pesquisadores, é possível controlar até mil ElectroVoxels com o software. Os usuários podem dizer aos blocos para ficar em diferentes formas, além de decidir qual cubo deve se mover em que direção, e o software determinará as atribuições eletromagnéticas necessárias para realizar a tarefa.

Cientistas testaram robôs modulares em microgravidade

Os cientistas testaram os ElectroVoxels em microgravidade em um voo parabólico, e assim descobriram que os robôs podem operar em ambientes de baixa gravidade. Portanto, segundo a equipe, eles poderiam ser usados para alterar e criar estruturas no espaço exterior.

Seus criadores sugerem que os robôs poderiam mudar as propriedades de inércia de uma nave espacial, o que poderia mitigar a necessidade de combustível extra para reconfiguração. Isso, segundo os cientistas, resolve muitos desafios ligados à massa e ao volume de lançamento. 

Eles esperam que o sistema eventualmente permita uma série de casos de uso relacionado ao espaço, como a construção de estruturas temporárias para auxiliar os astronautas e também servir de apoio nas inspeções das naves espaciais.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.