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A febre do momento entre os entusiastas de ativos digitais são os NFTs. Geralmente, os tokens não fungíveis — muitos vendidos por milhões de dólares — são associados com obras de arte em formato digital ou itens colecionáveis.
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Como já explicamos aqui no Olhar Digital, um NFT representa um item único registrado em uma plataforma blockchain, a mesma tecnologia utilizada no mundo das criptomoedas. Esse registro também funciona como autenticação para um ativo digital.
Nos últimos anos, especialmente em 2021, a categoria ganhou popularidade também entre as celebridades. Até então, um dos itens mais caros vendidos foi a obra “Everydays: The First 5,000 Days”, do artista Beeple. Sua arte digital foi arrematada em leilão por nada menos que US$ 69 milhões. (pouco mais de R$ 345 milhões na cotação atual).
Um fato interessante é que a novidade pode ir muito além do campo da arte e do entretenimento, servindo como solução para outras questões importantes na sociedade.
Os tokens digitais também podem ser utilizados para autenticação de itens físicos, como documentos, certificados e contratos. Este é só um dos casos de uso em que os tokens não fungíveis podem mostrar o seu verdadeiro potencial.
Uso de NFTs na educação
Tomando o setor educacional como exemplo, os diplomas, na maioria das instituições ainda são emitidos manualmente e em papel. Sendo assim, a verificação de sua autenticidade ainda depende de outros processos manuais, o que acaba facilitando casos de fraude e falsificação.
Uma forma de facilitar tudo isso, seria criar NFTs atrelados aos diplomas ou certificados emitidos por uma instituição de ensino. Os tokens podem conter ainda informações detalhadas sobre um aluno, como o seu desempenho, notas, relatórios, dentre outros.
Tokens digitais na medicina
Outra indústria onde os NFTs têm potencial é a da saúde, especialmente no setor que cuida dos dados dos pacientes. Atualmente, essas informações muitas vezes ficam espalhadas por várias plataformas, dificultando o acesso.
Como resultado, alguns pacientes passam até por tratamentos desnecessários ou redundantes por conta do gerenciamento precário de dados.
É aí que entram os NFTs, que podem ser usados para criar uma credencial digital mais segura, precisa e que pode facilmente ser vinculada ao histórico de saúde de um paciente. Facilitando a verificação das informações pelos médicos.
Tendência para o futuro
Por ora, ainda existem desafios que precisam ser abordados antes que os NFTs possam ganhar espaço em áreas que envolvem o uso de informações pessoais. Talvez o principal deles seja a privacidade, já que a maioria das blockchains são de acesso público.
Outra questão é a pegada de carbono das tecnologias que envolvem o uso de blockchain, especificamente a quantidade de eletricidade necessária para que todos os processos de transação de dados funcione.
Quem sabe no futuro não apareça uma forma de implementação que afete menos a usabilidade dos NFTs em diferentes setores da sociedade.
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Outros exemplos de uso dos NFTs
Os NFTs também podem ser explorados por organizações sem fins lucrativos e de pesquisa para financiar e impulsionar mudanças sociais. Por meio dos tokens, essas entidades podem criar colecionáveis físicos e digitais, cuja venda vai arrecadar fundos e conscientizar o público para diversas causas e iniciativas importantes.
Um exemplo significativo do tipo foi a venda das linhas de código-fonte original da Internet como NFT, arrematadas por US$ 5,4 milhões. Os fundos foram doados para caridade após a negociação.
O potencial da tecnologia blockchain e dos NFTs para arrecadar dinheiro e gerar impacto social é notável. Embora ainda existam complexidades em torno da novidade, fica claro que ainda há muito a ser aprendido.
Com informações do WSJ.
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