Com o início da invasão russa à Ucrânia, o preço do petróleo aumentou para o maior nível em sete anos. Nesta quinta-feira (24), em Londres, Global Benchmark Brent, começou o dia cotado a US$ 105,08, uma alta de 8,5% (7h45, horário de Brasília). Já o petróleo bruto dos EUA (WTI) teve uma valorização de 7,2%, sendo comercializado a US$ 99,88.
Diante do cenário incerto, Estados Unidos e União Europeia se preparam para impor sanções mais duras à Rússia. Principalmente por haver o risco de ocorrer problemas no abastecimento de insumos básicos, como trigo e metal.
“Se as sanções afetarem transações de pagamento, os bancos russos e possivelmente também o seguro que cobre as entregas russas de petróleo e gás, interrupções no fornecimento não devem ser descartadas”, disse o analista do Commerzbank, Carsten Fritsch.
Como a Rússia também é o maior fornecedor de gás natural da Europa, acontece um efeito dominó em que os países começam a estocar mais petróleo, levando à alta do preço.
As Bolsas de Valores da Ásia e da região do Pacífico também despencaram nesta quinta-feira (24). O índice da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Sang Index, registrou queda de 3,21%. Já o Nikkei 225, de Tóquio (Japão), e o SSE Composite Index, de Xangai (China), caíram 1,81% e 1,7%, respectivamente. Já na Austrália, as perdas do ASX All Ordinaries Index foram a 2,95%.
“Essa crescente incerteza durante um período em que o mercado de petróleo já está apertado o deixa vulnerável e, portanto, os preços provavelmente permanecerão voláteis e elevados”, disse Warren Patterson, chefe de pesquisa de commodities do ING.
Imagem: Sunday Stock/Shutterstock
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