A invasão russa em território ucraniano fez com que investidores de criptomoedas doassem quase US$ 400 mil em Bitcoin somente nesta quinta-feira (24) para grupos pró-militares da Ucrânia. O valor foi constatado pela empresa de análise de blockchain Elliptic, sediada no Reino Unido.

Em razão do conflito, houve um aumento considerável nas doações, tendo em vista que ao longo de 2021 esses grupos receberam cerca de US$ 570 mil, ou seja, em apenas um dia o valor quase atingiu a mesma marca comparada aos últimos 12 meses. Somente nesta quinta-feira (24), foram cerca de 370 doações individuais na faixa dos US$ 1 mil e US$ 2 mil.

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Uma das organizações beneficiadas é a “Come Back Alive”, que fornece apoio ao exército ucraniano. “Eles receberam quantias muito, muito pequenas de doações desde agosto de 2021 – não muito; talvez US$ 4 ou US$ 5 mil por mês. E então, de repente, elas dispararam a partir do dia 22 de fevereiro”, disse Jess Symington, líder de pesquisa da Elliptic. 

Doações urgentes e extremamente necessárias 

Urgentemente necessárias para a tropa ucraniana, as doações poderão ser utilizadas para cobrir gastos com alimentação, suprimentos médicos e alguns custos bélicos, sendo um aporte extremamente útil neste momento de tensão vivenciado pelos ucranianos, principalmente nas áreas onde as tropas russas estão presentes. 

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Organizações ucranianas adotaram táticas de crowdfunding em 2014, quando o presidente alinhado à Rússia, Viktor Yanukovych, foi destituído do cargo durante a Revolução Maidan. 

Agora é comum que grupos de voluntários e ONGs arrecadem fundos para armas e suprimentos médicos que os soldados podem usar. Come Back Alive também tem uma página do Patreon com níveis de associação indicados por armas. 

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Desde 2014 as organizações ucranianas adotam táticas de crowfunding em busca de recursos para ajudar no custeio dos gastos de manutenção das tropas, que sofrem agora com a invasão russa. Imagem: Shutterstock

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Doações em Bitcoin são comuns

Não é apenas o grupo pró-Ucrânia que recebe ajudas por meio de criptomoedas. A Wikipedia, por exemplo, começou a aceitar doações de Bitcoin em 2014, juntamente com transações de cartão de crédito e PayPal. 

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E elas acontecem principalmente quando os meios comuns são cortados pelo governo, como ocorreu no Canadá, onde os caminhoneiros anti-vacina tiveram os fundos congelados no GoFundMe em razão de realizarem um protesto que coloca a saúde pública em risco. 

Ao doar criptomoedas, as transações de criptografia ponto a ponto podem contornar bancos, instituições financeiras e até controles governamentais – embora, para serem mais úteis, possam ocasionalmente precisar ser trocadas por dinheiro. 

Via: Decrypt

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