Neste domingo (27), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que o país coloque suas forças nucleares em alerta máximo, o que representa o maior grau de atenção. Segundo a agência de notícias Reuters, a decisão de Putin veio depois de declarações que ele considerou agressivas por parte de representantes dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Protesto contra a invasão russa da Ucrânia em frente à embaixada russa na cidade de Varsóvia. Imagem: Fotokon / Shutterstock

Em conversa com oficiais militares e com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, Putin disse que as nações ocidentais tomaram “ações hostis” em relação à Rússia e impuseram “sanções ilegítimas”. Ele fez um pronunciamento oficial à nação a esse respeito.

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“Como vocês podem ver, países do Ocidente não tomam medidas não-amistosas contra nós apenas na dimensão econômica. Me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan, que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país. Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão”, declarou o líder russo à TV estatal.

Deterrência é um conjunto de medidas baseadas na intimidação, tomadas por um país ou conjunto de países visando prevenir ou dissuadir ações hostis de rivais.

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Em resposta, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, garantiu que em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da Otan, diferentemente do que o líder russo vem afirmando. “Nós o vimos fazer isso várias vezes. Em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da Otan ou esteve sob ameaça da Ucrânia“, disse Psaki à ABC News.

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“Isso tudo é um padrão do presidente Putin e vamos enfrentá-lo. Temos a capacidade de nos defender, mas também precisamos chamar a atenção para o que estamos vendo vindo do presidente Putin”, acrescentou.

Aliança formada por 30 países, entre eles os EUA, o Canadá, o Reino Unido e a França, a Otan foi criada em 1949, no período da Guerra Fria, sob a liderança norte-americana, em oposição à extinta União Soviética. Com o fim do bloco comunista em 1991, a Otan passou a atuar, principalmente, como uma aliança que zela pelos interesses econômicos dos membros.

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Para a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, a atitude de Putin é inaceitável. “Isso significa que ele continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável e temos que seguir contendo suas ações da maneira mais forte possível”, declarou ela em entrevista à CBS News.

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