No último sábado (5), a Nasa lançou a missão LAMP – abreviação de Loss through Auroral Microburst Pulsations (Perda através de Micropulsos Aurorais, em tradução livre) às 7h27 (pelo horário de Brasília). Um foguete suborbital Black Brant IX decolou de Poker Flat Research Range, uma base de lançamento próxima a Fairbanks, no Alasca, para estudar um tipo muitas vezes negligenciado de aurora, conhecido como aurora pulsante.

Lançamento do foguete suborbital Black Brant IX, que decolou de Poker Flat Research Range, uma base de lançamento próxima a Fairbanks, no Alasca, com a missão LAMP a bordo, para estudar o fenômeno das auroras pulsantes. Imagem: Nasa

Segundo a Nasa, é chamado de aurora pulsante o fenômeno luminoso incendiado por elétrons (e ocasionalmente prótons) do espaço próximo à Terra. Esses elétrons mergulham em nossa atmosfera e colidem com átomos e moléculas, fazendo com que eles brilhem em suas cores distintas – vermelho e verde por oxigênio, azul por nitrogênio – à medida que liberam seu excesso de energia. Uma aurora pulsante tem forma irregular e ocorre em minutos ou, às vezes, horas após a conclusão de uma aurora do tipo mais comum.

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Ainda de acordo com a agência espacial norte-americana, o experimento LAMP vai procurar determinar se a aurora pulsante está conectada a outro fenômeno chamado microexplosões, em que elétrons de maior energia da magnetosfera da Terra são conduzidos em rajadas que duram cerca de um décimo de segundo. Isso é mais rápido do que a aurora pulsante, mas semelhante à cintilação dentro das pulsações.

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Missão precisava de uma aurora ativa alinhada a condições climáticas favoráveis

Programado inicialmente para o dia 24 de fevereiro, o lançamento foi repetidamente adiado porque os cientistas precisavam da combinação certa de aurora ativa e bom tempo na região de Venetie, que está localizada a mais de 210 km ao norte da área de lançamento.

Alexa Halford, pesquisadora de física espacial do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa e principal investigadora do experimento, detectou que haveria aurora pulsante sobre Venetie no início do sábado e determinou que as condições de lançamento seriam favoráveis.

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“Foi um lançamento incrível”, disse Halford, após a decolagem do foguete. “Não poderíamos ter pedido nada melhor, e tudo isso foi devido à equipe científica, às pessoas do Wallops Flight Facility da Nasa e do Poker Flat Research Range, bem como ao apoio e ajuda das comunidades de Venetie e Fort Yukon. Sem eles, não teríamos tudo o que precisávamos, especialmente as estações terrestres”.

Segundo ela, dados satisfatórios foram captados por todos os instrumentos a bordo do foguete. “O foguete voou tão verdadeiro quanto se poderia esperar e em um evento aurora que era melhor do que qualquer coisa que poderíamos ter pedido”, disse a cientista. “Ainda estamos todos em alta e mal podemos esperar para começar a trabalhar nos dados”.

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Esse foi o primeiro lançamento no Poker Flat desde janeiro de 2020. A plataforma é gerenciada pelo Instituto Geofísico da Universidade do Alasca, que opera sob um contrato com o Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa.

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