Erupção de vulcão na Guatemala causa a evacuação de 500 moradores por segurança

Lava escorrereu do Volcán de Fuego, como é conhecido o monte, no último dia 8 de março; moradores foram movidos para sítio de outra erupção
Por Rafael Arbulu, editado por Acsa Gomes 09/03/2022 12h35, atualizada em 11/03/2022 15h14
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Uma erupção ocorrida no Volcán de Fuego (“Vulcão de Fogo”) na Guatemala fez com que serviços de emergência evacuassem cerca de 500 moradores da região imediata da montanha. O fluxo de lava estava progredindo em direção a uma região que, em 2018, já havia sido assolada por outra erupção.

De acordo com a agência governamental que cuida de desastres naturais no país, diversos abrigos foram levantados perto da cidade de Escuintla para abrigar os residentes e seus familiares, que apesar de quase não terem tempo de juntar alguns pertences, ficaram todos bem e não correram risco de morte. Segundo a mesma agência, em torno das 3h00 desta quarta-feira (9), a atividade vulcânica já havia diminuído.

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Erupção no Volcán de Fuego, na Guatemala, são relativamente esperadas devido à sua intensa atividades, como na imagem, em 1974
Erupção no Volcán de Fuego, na Guatemala, são relativamente esperadas devido à sua intensa atividades, como na imagem, em 1974 (Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução)

“Os sensores sísmicos e acústicos confirmam que a atividade ainda persistente na cratera consiste de pequenas explosões e estouros que ainda podem gerar algumas avalanches, principalmente em direção das áreas com barrancos”, disse o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia da Guatemala.

De acordo com a mídia internacional, um dos abrigos – uma academia de musculação convertida – recebeu diversos colchões e mantimentos para assegurar uma permanência sadia dos refugiados, enquanto estes ainda aguardam a autorização para retornarem para suas casas.

A erupção do Volcán de Fuego não é inesperada pelos moradores da Guatemala: a montanha de quase 3,8 mil metros (m) de altura é uma das mais ativas da América Central, além de ser a protagonista de uma erupção que, em 2018, matou 194 pessoas, e deixou outras 234 desaparecidas.

O problema deste vulcão específico, no entanto, não é o risco de uma explosão piroclástica (o tipo de erupção onde a lava é “cuspida”), mas sim o “lahar”, um subproduto de áreas vulcânicas que consiste, basicamente, da mistura da lava com cinzas, rocha, lama e outros destroços: esse composto é consistente o suficiente para soterrar edifícios e cidades inteiras.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.