Uma erupção ocorrida no Volcán de Fuego (“Vulcão de Fogo”) na Guatemala fez com que serviços de emergência evacuassem cerca de 500 moradores da região imediata da montanha. O fluxo de lava estava progredindo em direção a uma região que, em 2018, já havia sido assolada por outra erupção.
De acordo com a agência governamental que cuida de desastres naturais no país, diversos abrigos foram levantados perto da cidade de Escuintla para abrigar os residentes e seus familiares, que apesar de quase não terem tempo de juntar alguns pertences, ficaram todos bem e não correram risco de morte. Segundo a mesma agência, em torno das 3h00 desta quarta-feira (9), a atividade vulcânica já havia diminuído.
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“Os sensores sísmicos e acústicos confirmam que a atividade ainda persistente na cratera consiste de pequenas explosões e estouros que ainda podem gerar algumas avalanches, principalmente em direção das áreas com barrancos”, disse o Instituto Nacional de Sismologia, Vulcanologia, Meteorologia e Hidrologia da Guatemala.
De acordo com a mídia internacional, um dos abrigos – uma academia de musculação convertida – recebeu diversos colchões e mantimentos para assegurar uma permanência sadia dos refugiados, enquanto estes ainda aguardam a autorização para retornarem para suas casas.
A erupção do Volcán de Fuego não é inesperada pelos moradores da Guatemala: a montanha de quase 3,8 mil metros (m) de altura é uma das mais ativas da América Central, além de ser a protagonista de uma erupção que, em 2018, matou 194 pessoas, e deixou outras 234 desaparecidas.
O problema deste vulcão específico, no entanto, não é o risco de uma explosão piroclástica (o tipo de erupção onde a lava é “cuspida”), mas sim o “lahar”, um subproduto de áreas vulcânicas que consiste, basicamente, da mistura da lava com cinzas, rocha, lama e outros destroços: esse composto é consistente o suficiente para soterrar edifícios e cidades inteiras.
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