O anúncio da compra da Activision Blizzard pela Microsoft impactou o mercado de jogos, devido a aquisição milionária reforçar o império da empresa de Bill Gates na indústria de games. Assim, devido a magnitude do acordo, toda documentação ficou sob a responsabilidade de análise da Comissão Federal do Comércio dos EUA, procedimento comum, mas que começa agora a apontar irregularidades que podem afetar sua conclusão e efetivação.

Fachada da Microsoft
Negócio entre Microsoft e Activision será investigado por crime de insider trading; entenda. StockStudio Aerials/Shutterstock

De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Comissão de Segurança e Comércio abriram duas investigações após averiguarem um possível caso de insider trading – quando há uso de informações privilegiadas e relevantes em uma negociação que ainda não é de conhecimento público com objetivo de tirar vantagem saindo na frente de outros.

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No caso da Microsoft e Activision, três dos investidores tiveram acesso a informações antes do anúncio oficial da compra, o que levou os acionistas a investir cerca de 108 milhões de dólares americanos na Activision Blizzard dias antes da aquisição vir a público – o que também resultou em um grande aumento no valor das ações da companhia.

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Barry Diller, Alexander von Furstenberg e David Geffen estão agora sob investigação. O fato de Diller ser amigo próximo e de longa data de Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, aproxima ainda mais os envolvidos em um caso real de repasse de informações confidenciais. Além disso, Von Furstenberg é enteado de Diller e Geffen também é amigo de anos do grupo.

Os investimentos foram feitos de forma privada e só vieram ao conhecimento das autoridades agora, com a análise do acordo. A compra e venda de ações com base em informação confidencial e não pública é ilegal nos Estados Unidos – assim como no Brasil. Ao jornal, Diller se defendeu e disse que não recebeu informação privilegiada e que apenas se trata de uma coincidência e aposta de sorte.

Recentemente, um grupo da defesa do consumidor dos EUA pediu através de uma carta à agência antitruste do país, a Federal Trade Commission, que eles também investiguem problemas de proteção contra o consumidor, privacidade de dados e supressão salarial.

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