Os usuários russos da Netflix não estão nem um pouco felizes com o serviço de streaming. Isso porque a plataforma anunciou que vai deixar o mercado do país por causa da invasão da Rússia à Ucrânia, levando esses assinantes a iniciar uma ação coletiva contra a gigante do streaming. A companhia não foi a primeira nem a única a se retirar do local.
Em março, a maior plataforma de streaming do mundo suspendeu os serviços na Rússia temporariamente. A companhia ainda interrompeu todos os futuros projetos e aquisições no país, enquanto realiza uma avaliação do impacto da guerra travada por Moscou contra o país vizinho.
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Dezenas de empresas estrangeiras decidiram fechar temporariamente seus serviços, lojas ou fábricas, no país. Houve até quem dissesse deixar de vez a Rússia desde o início do que Moscou chama de “operação militar especial” na Ucrânia. Há ainda diversas sanções ao Kremlin.
A Apple foi uma das primeiras big techs a deixar o país, menos de uma semana após a invasão, que aconteceu no dia 24 de fevereiro. A empresa de Cupertino interrompeu a venda de produtos na Rússia. Pouco depois, foi a vez da Samsung de parar de comercializar celulares em solo russo. Quem também parou de vender na Rússia foi a EA Games.

Diversos serviços do Google foram censurados pelo Kremlin, que afirma que a parte de notícias, por exemplo, fornece notícias “inverídicas” sobre a guerra. O sistema de cobranças do Google Play foi suspenso pela companhia e o Google Pay parou de funcionar.
Já redes sociais da Meta, o Facebook e o Instagram foram considerados “extremistas” pelo governo de Vladimir Putin. O Facebook, inclusive, proibiu anúncios e monetização da mídia estatal russa.
O processo dos russos
Esses usuários exigem uma compensação de 60 milhões de rublos, cerca de R$ 3,4 milhões, de acordo com a agência de notícias RIA, em publicação desta quarta-feira (13). A Netflix não fez comentários sobre a ação coletiva dos espectadores russos.
A ação foi protocolada pelo escritório de advocacia Chernyshov, Lukoyanov & Partners, que representa os assinantes, no Tribunal Distrital Khamovnichesky, em Moscou. Os usuários entendem que a recusa unilateral doa Netflix em fornecer serviços na Rússia é uma violação dos direitos deles.
Via: Reuters
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