O mais recente relatório da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) aponta que, aos poucos, a produção de carros vem se recuperando das restrições impostas pela crise dos chips e pela Guerra Russo-Ucraniana. Apesar da paralisação em fábricas-chave na indústria, como a Caoa Chery, o volume de veículos produzidos no Brasil pela primeira vez superou a marca de 200 mil unidades em 2022 — algo que não ocorria desde dezembro do ano passado.

Ao todo, foram produzidas 205,9 mil unidades no mês, um crescimento de 10,7% em relação a abril deste ano. O volume da produção de carros também foi superior a maio de 2021 — 6,8% —, um progresso no comparativo que aconteceu pela primeira vez neste ano. Neste sentido, a Anfavea destaca que, coincidentemente, foi em maio do ano passado que a falta de semicondutores começou a gerar os primeiros impactos no setor automotivo brasileiro.

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“Chama a atenção a consistência do crescimento de mercado, um degrau a cada mês desde o início do ano, para vendas e produção”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, em coletiva de imprensa. “Exportações já largaram o ano em alta, e se mantêm assim. Como a tendência histórica do nosso setor é de um segundo semestre mais robusto que o primeiro, estamos muito otimistas quanto à manutenção desse bom ritmo de recuperação.”

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Vendas de carros aumentaram 27% em relação a abril

O mês de maio não apenas registrou uma melhora na produção de carros, como uma alta de vendas no mercado interno, segundo o balanço da Anfavea. Os 187,1 mil veículos licenciados representaram um aumento de 27% em relação a abril, quase empatando com o resultado de maio de 2021 — aqui houve recuo de 0,9%. A média diária de 8,5 mil unidades comercializadas foi a maior do ano, crescendo 10% em relação a abril.

As exportações tiveram um aumento de 2,8% no comparativo com o mês anterior e 24,6% com maio de 2021, com 46,1 mil exemplares liberados. No acumulado do ano, já se exportou 19,4% a mais em unidades do que no ano passado, e 27% a mais em valores, o que, diz a Anfavea, se deve ao bom desempenho de veículos brasileiros em mercados como Colômbia e Chile.

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