Diante de todos os problemas relacionados às sanções impostas à Rússia em meio aos conflitos com a Ucrânia, o governo do país está recolocando na ativa o Lada Granta Classic, com motor de 90 cv dos anos 1990. Sua composição surge totalmente reformulada, para enfrentar as novas realidades da cadeia de suprimentos após a saída da Renault do mercado russo.

Então, o Lada acaba chegando ao comprador russo sem airbags, navegação por satélite, ABS ou pré-tensores de cinto de segurança. Basicamente, também é esperado que o carro atenda apenas aos padrões europeus de poluição de 1996.

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Saída da Renault da Rússia

O Lada Granta entrou em produção em 2011, nascido de uma parceria entre a Renault no país e a montadora russa AvtoVAZ. Sua atual estrutura permite o uso de peças da década de 1990, o que deve beneficiar sua atuação no mercado da Rússia em meio aos problemas de fornecimento que o país enfrenta.

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No mês passado, a empresa francesa aprovou a venda de 100% de suas ações na Renault Rússia para a entidade da cidade de Moscou e sua participação de 67,69% na AvtoVAZ para a Nami (uma central russa de pesquisa e desenvolvimento de automóveis e motores.

Cada venda foi aprovada por algo como R$ 0,082, ou seja, por valores simbólicos, simplesmente para a Renault se desfazer dos negócios. Essa saída se juntou a tantas outras recentes causadas pela guerra. Agora, na Rússia, os motoristas têm encontrado preços de peças até dez vezes maiores do que antes dos conflitos, já que os distribuidores de peças foram praticamente extintos após as sanções.

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“Os armazéns centrais fecharam no final de fevereiro e até mesmo as peças personalizadas que chegaram não nos foram entregues. Eles devolveram o dinheiro e levaram todas as peças de volta para o exterior”, diz Aleksei Atapov, que dirige uma oficina de automóveis em Moscou.

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