Você só se dá conta da grande importância do papel higiênico quando ele falta, não é? Pense nesses momentos e imagine, então, como seria viver sem essa tão útil invenção. Assim era a vida há mais de 165 anos, antes da produção em massa e comercialização deste item sanitário.

No início da Era Comum, para se limpar depois das necessidades fisiológicas, os romanos usavam um “tersorium”, que consistia essencialmente em uma esponja presa a uma vareta. O artefato ficava guardado submerso em água salgada ou vinagre, nas dependências internas das residências, e era levado para fora pela pessoa que iria utilizá-lo, sendo deixado novamente no lugar para próximo uso.

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Artefato chamado tersorium, que era usado pelos romanos para higienização íntima. Imagem: D. Herdemerten – Creative Commons

Aquela civilização tinha por hábito usar como banheiro público longos bancos de mármore com buracos cortados em intervalos uniformes, para que os usuários pudessem sentar confortavelmente para ter uma conversa com seus vizinhos enquanto defecavam (!). Além disso, esses banheiros públicos eram unissex, sendo usados em conjunto por membros da comunidade de qualquer idade e gênero.

Banheiros públicos romanos eram compartilhados e unissex. Imagem: mgallar – Shutterstock

Obviamente, essa era a realidade das classes mais elevadas. Os romanos mais pobres tinham que se virar com fragmentos de argila, cuidadosamente sem bordas afiadas, para evitar acidentes infelizes. 

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Por mais nojento que tudo isso possa parecer, tem como ser pior. Muitas culturas antigas só usavam mesmo água e suas mãos esquerdas para se limpar.

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Papel higiênico foi desprezado por alguns norte-americanos

Uma nação indígena esquimó chamada inuíte, que se estabeleceu no Círculo Ártico entre os séculos 14 e 15, confiava sua higiene a um dos recursos mais facilmente disponíveis que eles tinham: a neve

Entre os séculos 16 e 17, os colonos e os nativos americanos utilizavam espigas de milho como papel higiênico. Embora também haja evidências de outros materiais orgânicos como musgo, folhas e cascas, parece que havia certa preferência pelas espigas de milho. Há relatos, inclusive, de que muitos norte-americanos continuaram usando o recurso mesmo depois da chegada do papel higiênico ao mercado.

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Norte-americanos continuaram usando espigas de milho mesmo depois da comercialização do papel higiênico. Imagem: theptida sriwiphak – Shutterstock

Já entre os japoneses antigos, a higiene traseira era feita com pau de madeira ou um pedaço de bambu chamado “chuugi”, às vezes envolto em pano – sim, conforme faziam os romanos. As pessoas usavam o artefato para se limpar por dentro e por fora. Esse “método da vara” era bastante comum em todo o mundo nos tempos antigos.

O mar leva, o mar lava

Quando estavam em terra, os vikings frequentemente usavam lã de ovelha no lugar de papel higiênico. No entanto, como a maioria dos outros marinheiros pré-modernos, quando estavam em alto mar, eles defecavam diretamente no oceano e se limpavam com uma corda que ficava pendurada para fora das embarcações. 

Depois, então, eles depositavam a corda de volta sob o oceano e deixavam o movimento do navio e do mar fazer a higienização para que a “ferramenta” estivesse pronta para a próxima pessoa.

Nada como um bom papel higiênico seguido de água e sabonete para garantir limpeza e conforto depois de usar o banheiro, não?

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