Alerta: mancha solar dobra de tamanho em 24 horas e pode disparar partículas de radiação contra a Terra

Por Flavia Correia, editado por Acsa Gomes 21/06/2022 10h25, atualizada em 22/06/2022 15h14
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Uma mancha solar denominada AR 3038 dobrou de tamanho entre domingo (19) e segunda-feira (20) à noite. Agora, ela está virada para a Terra, o que aumenta o risco de uma tempestade solar ejetar partículas carregadas de radiação em direção ao nosso planeta.

Imagens captadas pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA mostram como a mancha vem evoluindo. “A mancha solar de rápido crescimento dobrou de tamanho em apenas 24 horas”, revelaram os especialistas do site Spaceweather.com. “AR 3038 tem um campo magnético ‘beta-gama’ instável, que abriga energia para erupções solares classe M”.

Imagem captada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA, que está monitorando a mancha solar AR 3038. Especialistas notaram que seu tamanho dobrou em 24 horas. Imagem: SDO/HMI/NASA

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número indica os ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas. No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. 

As manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol que podem emitir intensas rajadas de radiação quando “arrebentam”. Isso porque elas se formam sobre áreas que têm fortes campos magnéticos, e, às vezes, esses campos magnéticos emaranhados podem desencadear uma explosão.

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De acordo com a classificação estabelecida internacionalmente, as erupções solares M são o segundo tipo mais forte, dentro de uma escala distribuída entre as categorias A,B,C, M,X (da mais fraca à mais poderosa delas). Um sinalizador M9, o mais violento da classe M, tem o potencial de causar um apagão de rádio com até 10 minutos de duração nas áreas atingidas pela ejeção de massa coronal (CME) na Terra.

Além disso, se entrarem diretamente em contato com a esfera magnética da Terra, as partículas carregadas de radiação, que são lançadas à  incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, também podem interferir no sinal GPS, impactando sistemas de comunicação e navegação. “As partículas de uma CME também podem colidir com eletrônicos cruciais a bordo de um satélite e interromper seus sistemas”, alerta a NASA, em comunicado.

Outra consequência possível da colisão da massa coronal ejetada pelo Sol com átomos da parte superior da atmosfera da Terra é a formação de espetáculos de luzes coloridas conhecidos como auroras. Quando acontecem no hemisfério norte, são chamadas de auroras boreais. No hemisfério sul, são as auroras austrais.

Normalmente, após uma tempestade solar, demora alguns dias para as partículas chegarem à Terra, quando direcionadas para o nosso planeta. No entanto, o Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) vem monitorando a mancha solar AR 3038 e, até agora, não foi emitido nenhum aviso.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.