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Moradores da costa espacial norte-americana, como é chamada a região do estado da Flórida nos arredores do Centro Espacial Kennedy (KSC), da NASA, e da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, estão acostumados aos efeitos luminosos provocados no céu pelos lançamentos de foguetes.
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Esses clarões, no entanto, também podem ser vistos de outras partes do mundo, como foi o caso de um espiral azul flagrado por uma moradora de Queenstown, na Nova Zelândia, a mais de 13 mil km de distância do local de lançamento de um foguete Falcon 9, da SpaceX, que havia decolado menos de quatro horas antes.
O registro foi feito por Clare Rehill e publicado em sua conta no Twitter no domingo (19). “Tirada em Queenstown NZ cerca de 30 minutos atrás. Alguma ideia do que é? Alguns especulando que tem algo a ver com a SpaceX”, postou Clare, marcando o perfil do CEO da empresa, Elon Musk.
Embora o bilionário não tenha respondido à neozelandesa, astrônomos que analisaram a imagem captada por ela, além de outros flagras semelhantes feitos no mesmo dia, confirmam que as suspeitas estavam certas.
Segundo o site Space.com, especialistas disseram que o espetáculo foi provocado por um foguete Falcon 9 de dois estágios da SpaceX, que foi lançado da Estação de Força Espacial de Cabo Canaveral no início da madrugada de domingo, à 1h27 (pelo horário de Brasília), que carregava um satélite de comunicações para a empresa Globalstar. Esse foi o último dos três lançamentos feitos pela empresa no fim de semana em um intervalo de apenas 36 horas.
A inserção orbital do satélite também foi flagrada por observadores na Terra, como o norte-americano Jarred Wood, de Illinois, que fez o vídeo abaixo (hospedado na plataforma Vimeo), mostrando um anel de fumaça. “O anel de fumaça que Wood viu foi o ‘sopro’ da separação. Naquele momento, o foguete tinha mais de 1100 km de altura, então as pessoas puderam vê-lo em grande parte da América do Norte”, disse o PhD em astronomia Tony Phillips, responsável pela plataforma Space Weather.

Quanto à espiral vista na Nova Zelândia, a característica em forma de galáxia é provocada pelo estágio superior do foguete ventilando o combustível restante enquanto caía no Oceano Pacífico. Diferentemente do primeiro estágio do Falcon 9, que aterrissa após o lançamento para reuso, o estágio superior do veículo é dispensável.
“O estágio superior provavelmente estava girando em seu eixo mais longo para estabilizar a orientação de voo, daí a forma em espiral. Espirais semelhantes foram vistas após lançamentos anteriores do Falcon 9”, explicou Philips.
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