A verdadeira mágica que a tecnologia proporciona

Por Valter Pieracciani, editado por André Lucena 27/06/2022 18h32
Tecnologia
Tecnologia. Créditos: LookerStudio/Shutterstock
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A reação das pessoas diante de uma apresentação de mágica é a mesma de quando se deparam com as inovações e as incríveis soluções tecnológicas e experiências que por vezes se apresentam no nosso dia a dia. Uma cara amiga comprou um carro novo e contou-me da emoção que teve ao apertar o botão da ignição. Fascínio, encantamento, felicidade.

Sendo assim, uma maneira de definir a inovação poderia ser esta: um caminho para aproximar as pessoas da felicidade. E não se trata apenas de produtos e serviços. É muito mais do que isso: inovação pode significar tempo livre, paz. Eu, por exemplo, estou muito contente com minha maravilhosa solução tecnológica para praticar a meditação.

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Martin Barre, ex-guitarrista do Jethro Tull, uma das maiores bandas de rock progressivo, que tanta felicidade provocou e provoca até hoje, declarou em uma entrevista recente que “a inovação está em meu coração”. Disse ainda que se sentiu muito feliz ao regravar de um jeito inteiramente novo músicas que tocavam ao vivo nos anos 1970. Mostrou que inovação pode conectar corações e fazer as pessoas felizes.

Quando nasce um novo produto encantador e nós, habitantes do planeta, ficamos felizes, quem o criou lucra e fica feliz, a economia se desenvolve e os empregados ficam felizes, e o país arrecada mais e os governantes ficam felizes.

A inovação é uma verdadeira mágica capaz de criar algo que vem ocupar um espaço vazio, que sequer sabíamos que existia, em nossos corações e mentes.

Há muita coisa em comum entre mágica e inovação. Existe, porém, uma diferença essencial. Enquanto a primeira se resume a truques, a outra acontece para valer e muda o mundo.

Produtos gerados a partir de novas tecnologias, como internet das coisas, nuvem, computação avançada, microeletrônica, novas indústrias agora “aditivas” e muito mais, criam um cenário surpreendente e completamente mágico.

Tecnologias novas e desconhecidas serviram historicamente aos truques de magia. Mas a verdadeira mágica acontece quando essas tecnologias passam a ser dominadas e aplicadas por um grande número de pessoas e equipes inovadoras. Nem a inovação nem a mágica são ações solitárias: são processos interativos, fecundativos, em que uma ideia inicial é posteriormente “polinizada” pelas equipes de realização. A bagagem cultural e o conhecimento específico de cada um dos vários integrantes se compõem para criar, de fato, a inovação e fechar o ciclo. Aí acontece o verdadeiro passe.

Uma das grandes inovações que vivemos que é no campo da manufatura. Nele, caminhamos para sistemas flexíveis que combinam diferentes máquinas em diferentes locais e são capazes de produzir qualquer coisa que possamos imaginar. Um poderoso “empurrão” na direção de uma inovação mais colaborativa e sistêmica que requererá especialistas em materiais, designers, programadores, engenheiros e técnicos especializados em ensaios e testes para que ao final a mágica realmente aconteça.

O mundo da inovação será também, oxalá, um mundo no qual trabalharemos de modo muito diferente. Precisaremos cada vez mais de integração, mesmo que estejamos fisicamente distantes uns dos outros. As regras de colaboração, que até há pouco tempo exigiam relacionamentos diretos construídos no dia a dia no refeitório das empresas, terão que dar lugar a novos caminhos para gerar confiança, entrega mútua e trabalho em equipe.

Haverá grandes desafios, mas em troca estou convencido de que podemos esperar muita magia e felicidade.

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Colunista

Empresário, pesquisador, consultor, investidor-anjo e escritor. É especialista em modelos inovadores de gestão e startups. Fundador da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas (1992). Iniciou carreira em 1977 na área de P&D. Autor dos livros: 'Império da Inovação', 'Usina de Inovações', 'A verdadeira mágica e Qualidade não é mito e dá certo'. Engenheiro, administrador, mestre em Administração de Empresas e pós-graduado em Administração Industrial.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.

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