A Tesla demitiu uma leva de trabalhadores de seus escritórios em San Mateo, no estado americano da Califórnia, após encerrar os trabalhos da empresa na cidade. Ao todo, 195 funcionários foram desligados, a maioria trabalhava no desenvolvimento do Autopilot e do Full Self-Driving (FSD), sistemas de auxílio à direção e piloto automático da montadora.

As posições mais afetadas foram funções de anotação de dados por hora, fundamentais para o funcionamento das tecnologias. Basicamente, o serviço é rotular as informações provenientes da frota de clientes da Tesla para alimentar o aprendizado de máquina dos sistemas.

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Muitos dos afetados eram trabalhadores horistas, encarregados de rotular os dados de treinamento de piloto automático. Geralmente são pessoas pouco qualificadas e mal remuneradas. Nos últimos anos, muitas empresas recorreram a fontes de mão de obra mais baratas em países menos desenvolvidos para coletar esse insumo.

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Mau pressentimento do dono da Tesla

Neste cenário, a Tesla também está trabalhando na tecnologia de rotulagem automática, que pode reduzir a necessidade de trabalho manual, ou seja, feito por pessoas. O escritório da empresa em San Mateo originalmente tinha 276 funcionários, incluindo rotuladores de dados, analistas e supervisores. Os 81 funcionários restantes serão transferidos para outro local.

No início deste mês, Elon Musk disse que tinha um “mau pressentimento” sobre a economia global e que a Tesla estava “com excesso de pessoal”. O CEO da empresa disse, a princípio, que as perdas de empregos afetariam principalmente os trabalhadores assalariados, mas ao que tudo indica, os trabalhadores horistas também estão sob ameaça.

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