No meio de julho, entusiastas da astronomia poderão acompanhar a passagem do cometa “C/2017 K2”, também conhecido como “PanSTARSS”, em seu ponto mais próximo da Terra. De acordo com astrônomos, este é um dos maiores cometas que nós descobrimos.

O PanSTARRS é um cometa que vem da Nuvem de Oort – tida por astrônomos como a “divisa” entre o nosso sistema solar e o chamado “espaço interestelar”. Ele foi descoberto em maio de 2017, ele tem algo entre 14 e 80 quilômetros (km) de raio e aproximadamente 800 mil km de cauda, efetivamente sendo um objeto de grande escala, embora seu núcleo seja relativamente “normal”.

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O cometa PANSTARSS é um dos maiores que nós já descobrimos, mas sua órbita extremamente longa significa que a passagem dele pela Terra em julho será nossa única oportunidade de vê-lo
O cometa PANSTARSS é um dos maiores que nós já descobrimos, mas sua órbita extremamente longa significa que a passagem dele pela Terra em julho será nossa única oportunidade de vê-lo (Imagem: ESA/Hubble/Divulgação)

Embora seu ponto de maior proximidade à Terra seja no dia 14 de julho, o cometa tecnicamente pode ser observado agora – desde que você tenha um telescópio. Na referida data, porém, ele estará a 1,8 unidade astronômica (UA), o que dá em torno de 270 milhões de km de distância da Terra, com um brilho de 9 pontos de magnitude.

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A melhor forma de vê-lo será com um telescópio, mas alguns binóculos podem ser capazes de capturá-lo em julho. Para quem mora no hemisfério norte, ele ainda deve ser visualizado até partes de setembro, quando migrará sua trajetória sentido hemisfério sul. Entretanto, para ambos os “lados” da Terra, nesta época ele já estará bem difuso em seu brilho. Depois de setembro, ele deve passar perto de Marte, onde estará invisível para nós.

Vale lembrar, porém, que cometas são objetos bastante imprevisíveis quanto mais se aproximam do Sol. Apesar das projeções dos astrônomos serem bem firmes, nada impede o PanSTARSS de se tornar mais ativo e começar a brilhar com mais intensidade antes do previsto, ou ainda de se despedaçar e desaparecer no céu.

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Seja como for, se você quiser ver a passagem do objeto por aqui, essa será a sua única chance: sua órbita é tão longa que sua próxima visita não deve acontecer antes de mais ou menos um milhão de anos.

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