Think tank do Reino Unido busca estabelecer regras globais para moedas digitais

Um think tank do Reino Unido produziu um relatório analisando considerações legislativas e regras para o uso global das moedas digitais
Ronnie Mancuzo08/07/2022 18h13, atualizada em 09/07/2022 09h22
Moedas da criptomoeda Bitcoin com um martelo de tribunal sobre uma mesa de madeira.
Imagem: rawf8/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O International Regulatory Strategy Group (IRSG), um think tank do Reino Unido voltado para o desenvolvimento de uma estrutura global regulatória para serviços financeiros, está de olho nas moedas digitais. Em um relatório publicado nesta sexta-feira (8), a joint venture entre o TheCityUK e a City of London Corporation buscou analisar considerações legislativas e regulatórias para Moedas Digitais Emitidas por Banco Central (CBDCs) globalmente interoperáveis.

A princípio, soa como regras para serviços financeiros transfronteiriços abertos e competitivos sem problemas, com base em moedas digitais. Isso em um cenário onde a maioria dos bancos centrais – como o Federal Reserve, dos Estados Unidos, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu – estuda a possibilidade de lançamentos de versões digitais de suas moedas. No Brasil, a chegada de um Real digital está sob os cuidados do Banco Central.

Leia também:

“Há um impulso acelerado por trás do desenvolvimento de CBDCs. Muitos bancos centrais estão explorando se e como estabelecer CBDCs e alguns já o fizeram”, diz o think tank. Nessa premissa, existem muitos benefícios como “acessibilidade mais ampla, melhor manutenção de registros e pagamentos se tornando mais eficientes”, observa.

Moedas digitais operando em diferentes mercados

O relatório, desenvolvido em parceria com a Clifford Chance (um escritório de advocacia internacional com sede em Londres), discutiu casos de uso de moedas digitais. “A chave para realizar todo o potencial dos CBDCs é garantir que eles possam operar em diferentes mercados para facilitar os pagamentos transfronteiriços no atacado”, disse Kay Swinburne, presidente do IRSG.

“Princípios regulatórios globais e colaboração serão necessários para concretizar essa visão”, completa. O relatório identifica uma série de recomendações, sustentando como jurisdições e profissionais podem progredir no desenvolvimento de regras nesse sentido para o mercado atacadista nos próximos dois anos.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Imagem: rawf8/Shutterstock

Via Reuters

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.