O International Regulatory Strategy Group (IRSG), um think tank do Reino Unido voltado para o desenvolvimento de uma estrutura global regulatória para serviços financeiros, está de olho nas moedas digitais. Em um relatório publicado nesta sexta-feira (8), a joint venture entre o TheCityUK e a City of London Corporation buscou analisar considerações legislativas e regulatórias para Moedas Digitais Emitidas por Banco Central (CBDCs) globalmente interoperáveis.

A princípio, soa como regras para serviços financeiros transfronteiriços abertos e competitivos sem problemas, com base em moedas digitais. Isso em um cenário onde a maioria dos bancos centrais – como o Federal Reserve, dos Estados Unidos, o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu – estuda a possibilidade de lançamentos de versões digitais de suas moedas. No Brasil, a chegada de um Real digital está sob os cuidados do Banco Central.

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“Há um impulso acelerado por trás do desenvolvimento de CBDCs. Muitos bancos centrais estão explorando se e como estabelecer CBDCs e alguns já o fizeram”, diz o think tank. Nessa premissa, existem muitos benefícios como “acessibilidade mais ampla, melhor manutenção de registros e pagamentos se tornando mais eficientes”, observa.

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Moedas digitais operando em diferentes mercados

O relatório, desenvolvido em parceria com a Clifford Chance (um escritório de advocacia internacional com sede em Londres), discutiu casos de uso de moedas digitais. “A chave para realizar todo o potencial dos CBDCs é garantir que eles possam operar em diferentes mercados para facilitar os pagamentos transfronteiriços no atacado”, disse Kay Swinburne, presidente do IRSG.

“Princípios regulatórios globais e colaboração serão necessários para concretizar essa visão”, completa. O relatório identifica uma série de recomendações, sustentando como jurisdições e profissionais podem progredir no desenvolvimento de regras nesse sentido para o mercado atacadista nos próximos dois anos.

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Imagem: rawf8/Shutterstock

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Via Reuters