Cometa PANSTARRS é registrado em foto perto de aproximação da Terra

Ponto mais próximo da trajetória do cometa será no dia 14, mas ele já expele uma nuvem suficientemente brilhante para ser capturada em fotos
Por Rafael Arbulu, editado por Acsa Gomes 11/07/2022 11h39, atualizada em 12/07/2022 15h13
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O cometa C/2017 K2 – popularmente conhecido como “Cometa PANSTARRS” – só estará no ponto mais próximo da Terra a partir de quinta-feira (14), mas ele já expele uma nuvem tão brilhante e densa que algumas câmeras com equipamento de longa exposição já estão capturando-o em fotos.

A imagem abaixo, por exemplo, foi capturada por John Chumack, astrônomo a serviço do portal Galactic Images, que deu até algumas orientações sobre o que procurar caso você queira ver o cometa PANSTARRS por conta própria daqui três dias: “procure por uma coma cometária de mais ou menos seis polegadas”.

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O cometa PANSTARRS, cuja aproximação da Terra será maior no dia 14, já pode ser registrado por câmeras especialmente equipadas
O cometa PANSTARRS, cuja aproximação da Terra será maior no dia 14, já pode ser registrado por câmeras especialmente equipadas (Imagem: John Chumack/Galactic Images/Reprodução)

Para os não iniciados na observação astronômica, uma “coma cometária” é, basicamente, a nuvem de gás e poeira cósmica que um cometa expele. É o efeito de “cauda” dele, algo que ocorre à medida em que o cometa – normalmente, um corpo extremamente congelado – se aproxima do Sol ou de alguma outra estrela: o calor do astro o esquenta, a ponto de sublimar as partículas de sua cauda, dando o aspecto de “gás”.

Segundo o relato feito por Chumack, o registro acima foi feito com um refletor de seis polegadas e um telescópio Schmidt-Cassegrain de oito polegadas, em modo de longa exposição. Na ocasião, o cometa PANSTARRS estava no equador celestial do céu, dentro da constelação de Ofiúco (Ophiuchius), a quase 82 anos-luz de nossa posição.

O cometa deve ter em torno de 160 quilômetros (km) de diâmetro, com uma cauda de prováveis 800 km. Originalmente, ele foi descoberto em 2017, e foi determinado que seu ponto de origem de trajeto é a Nuvem de Oort – amplamente conhecida como a “divisa” entre o nosso sistema solar e o espaço externo a ele.

Não é a primeira vez que ele é registrado este mês, aliás: no dia 1º de julho, o astrônomo amador espanhol José Joaquín Chambó havia registrado o cometa PANSTARRS, usando uma lente telescópica de capacidade grande angular. Na ocasião, a foto ganhou o destaque como “Imagem do Dia” no site oficial da agência espacial norte-americana (NASA).

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.