O cometa C/2017 K2 – popularmente conhecido como “Cometa PANSTARRS” – só estará no ponto mais próximo da Terra a partir de quinta-feira (14), mas ele já expele uma nuvem tão brilhante e densa que algumas câmeras com equipamento de longa exposição já estão capturando-o em fotos.

A imagem abaixo, por exemplo, foi capturada por John Chumack, astrônomo a serviço do portal Galactic Images, que deu até algumas orientações sobre o que procurar caso você queira ver o cometa PANSTARRS por conta própria daqui três dias: “procure por uma coma cometária de mais ou menos seis polegadas”.

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O cometa PANSTARRS, cuja aproximação da Terra será maior no dia 14, já pode ser registrado por câmeras especialmente equipadas
O cometa PANSTARRS, cuja aproximação da Terra será maior no dia 14, já pode ser registrado por câmeras especialmente equipadas (Imagem: John Chumack/Galactic Images/Reprodução)

Para os não iniciados na observação astronômica, uma “coma cometária” é, basicamente, a nuvem de gás e poeira cósmica que um cometa expele. É o efeito de “cauda” dele, algo que ocorre à medida em que o cometa – normalmente, um corpo extremamente congelado – se aproxima do Sol ou de alguma outra estrela: o calor do astro o esquenta, a ponto de sublimar as partículas de sua cauda, dando o aspecto de “gás”.

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Segundo o relato feito por Chumack, o registro acima foi feito com um refletor de seis polegadas e um telescópio Schmidt-Cassegrain de oito polegadas, em modo de longa exposição. Na ocasião, o cometa PANSTARRS estava no equador celestial do céu, dentro da constelação de Ofiúco (Ophiuchius), a quase 82 anos-luz de nossa posição.

O cometa deve ter em torno de 160 quilômetros (km) de diâmetro, com uma cauda de prováveis 800 km. Originalmente, ele foi descoberto em 2017, e foi determinado que seu ponto de origem de trajeto é a Nuvem de Oort – amplamente conhecida como a “divisa” entre o nosso sistema solar e o espaço externo a ele.

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Não é a primeira vez que ele é registrado este mês, aliás: no dia 1º de julho, o astrônomo amador espanhol José Joaquín Chambó havia registrado o cometa PANSTARRS, usando uma lente telescópica de capacidade grande angular. Na ocasião, a foto ganhou o destaque como “Imagem do Dia” no site oficial da agência espacial norte-americana (NASA).

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