Poucos dias depois de Elon Musk desistir da compra do Twitter, a rede social acusou o empresário de violar de forma consciente as negociações. Na sexta-feira (8), quando anunciou a desistência, o CEO da Tesla alegou que a empresa que ele “pretendia comprar” não tinha fornecido as informações necessárias sobre fake news e perfis falsos existentes em contas da plataforma.

Em uma carta enviada a Elon Musk, conforme traz a agência Reuters, o Twitter disse que não violou suas obrigações sob o acordo de fusão. “O Twitter não sofreu e provavelmente não sofrerá um efeito adverso material da empresa”, acrescentou.

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Minutos depois do empresário anunciar que não iria mais comprar o Twitter (por um valor de US$ 44 bilhões), o presidente da plataforma, Bret Taylor, ameaçou ir aos tribunais para cumprir o acordo de fusão. Segundo pessoas familiarizadas com o assunto, o Twitter está planejando entrar com uma ação ainda esta semana no estado americano de Delaware. Elon Musk ironizou a situação, com direito a post provocativo no próprio Twitter.

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Possível renegociação pode ser alternativa

A rede social também disse na carta que o acordo de fusão permanece em vigor, acrescentando que tomará medidas para que a compra seja concluída. Suas ações tiveram a maior queda percentual diária em mais de 14 meses na segunda-feira (11) – por sua vez, as ações da Tesla fecharam em queda de 6,6% no dia.

Especialistas jurídicos dizem que o Twitter tem um forte processo legal contra Musk, mas pode optar por uma renegociação ou acordo em vez de uma longa briga judicial. “Acreditamos que as intenções de Elon Musk de encerrar a fusão se baseiam mais na recente liquidação do mercado do que na ‘falha’ do Twitter em atender às suas solicitações”, escreveu o analista da Jefferies, Brent Thill, em nota. “Na ausência de um acordo, não ficaríamos surpresos ao ver as ações encontrarem um piso em US$ 23,5”.

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Imagem: mundissima/Shutterstock