A ação movida pelo Twitter contra o bilionário Elon Musk, que busca forçá-lo a concluir o acordo de compra da rede social por US$ 44 bilhões, teve sua primeira audiência marcada.

Segundo informações da agência Reuters, a juíza norte-americana Kathaleen McCormick, chanceler do Tribunal de Chancelaria do estado de Delaware, marcou uma audiência de 90 minutos para o meio-dia (horário de Brasília) da próxima terça-feira, 19 de julho, em Wilmington, onde ouvirá os argumentos do Twitter contra o magnata. O julgamento deve acontecer em setembro.

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O processo chegou após a desistência do bilionário em comprar o Twitter. As negociações estavam na casa dos US$ 44 bilhões (mais de R$ 239 bilhões, para termos uma ideia em nossa moeda) quando foram “deixadas” pelo bilionário.

Como alegação para essa desistência, o CEO da Tesla e da SpaceX aponta para a falta de informações da rede social sobre o número de contas falsas e spams em sua plataforma. Musk também diz que não foi informado adequadamente sobre projeções financeiras da empresa. Por sua vez, o Twitter nega ter violado obrigações do acordo.

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Assim, o Twitter entrou com uma ação em um tribunal no estado americano de Delaware, exigindo que Elon Musk conclua a fusão ao preço acordado de US$ 54,20 por ação da empresa.

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Juíza já trabalhou em caso semelhante

A juíza Kathaleen McCormick, responsável pelo processo do Twitter contra Elon Musk, é bastante conhecida e respeitada no meio de grandes corporações, e conhecida por ser uma das únicas juristas que já ordenou que uma fusão no meio corporativo americano fosse fechada, apesar da relutância do comprador.

McCormick chamou a atenção de Wall Street em 2021, quando ordenou que uma afiliada da empresa de patrimônio privado Kohlberg & Co LLC fechasse uma compra de US$ 550 milhões da DecoPac Holding Inc, que fabrica produtos para decoração de bolos.

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Na época, a juíza descreveu sua decisão como “uma vitória para a certeza do acordo” e rejeitou os argumentos de Kohlberg de que poderia ir embora por falta de financiamento. O caso possui diversas semelhanças com o acordo do Twitter. Assim como agora alega Elon Musk sobre o Twitter, Kohlberg disse que desistiu da compra por violações no acordo.

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