Algumas semanas antes de iniciar seu movimento retrógrado no céu, Júpiter foi novamente “visitado” pela sonda Juno, da NASA, que capturou imagens impressionantes, divulgadas pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência na última terça-feira (26).
Acrônimo de “JUpiter Near-polar Orbiter” (algo como Orbitador Quase Polar de Júpiter, em tradução livre), a espaçonave é composta por nove instrumentos científicos, dedicados a estudar a composição do planeta, sua distribuição de massa, atmosfera, campos gravitacionais e magnéticos e as regiões polares da magnetosfera jupiteriana (ou joviana).
Ela foi lançada em 5 de agosto de 2011, chegando à órbita de Júpiter cinco anos depois, e, desde então, circunda o planeta a 0,17km/s, completando uma volta a cada 53 dias. Durante seu trajeto, a sonda faz algumas aproximações máximas, chegando a cerca de 5 mil km de distância, oportunidades em que registra imagens cada vez mais surpreendentes do gigante gasoso.
A 43ª aproximação, no dia 5 deste mês, proporcionou flagras que parecem verdadeiras pinturas de redemoinhos causados por poderosas tempestades ao redor do polo norte do planeta. Os registros foram feitos quando a espaçonave estava a cerca de 25 mil km de distância de seu alvo de estudo.
De acordo com o comunicado do JPL, as tempestades atingem profundidades de mais de 50 km na atmosfera turbulenta do planeta e produzem redemoinhos de centenas de km de largura. Os cientistas estão estudando essas tempestades para entender como elas se formam e o que lhes dá suas características marcantes e únicas.
Segundo o site Space.com, observações anteriores mostraram que esses ciclones variam de cor com base na direção em que giram, bem como em sua localização. Por exemplo, aqueles que giram no sentido anti-horário no hemisfério norte de Júpiter e aqueles que giram no sentido horário no hemisfério sul têm formas e cores distintas dos que giram no sentido horário no norte e anti-horário no sul.
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A missão Juno, originalmente planejada para terminar em 2021, foi prorrogada no ano passado para pelo menos até 2025. Com essa extensão, a espaçonave continuará seu foco na fascinante atmosfera de Júpiter, mas também estudará – como já está fazendo – as misteriosas luas jovianas Ganimedes, Europa e Io, algumas das quais podem abrigar vida microbiana.
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