A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta-feira (27) a criação do Comitê Técnico da Emergência Monkeypox (varíola dos macacos). A ideia é que o comitê acelere o desenvolvimento e as ações que envolvem pesquisas clínicas e autorização de medicamentos e vacinas para combater a doença.
O comitê do órgão vai atuar também nas áreas registro, de boas práticas de fabricação, de farmacovigilância e de terapias avançadas. A Anvisa deseja que todos os setores atuem em um processo colaborativo, incluindo os profissionais de saúde e a comunidade científica.
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“A atuação do Comitê permitirá ações coordenadas e céleres para salvaguardar a Saúde Pública, reunindo as melhores experiências disponíveis nas autoridades reguladoras, permitindo acelerar o desenvolvimento e as ações que envolvem pesquisas clínicas e autorização de medicamentos e vacinas”, diz o comunicado da agência.
A Anvisa explicou ainda que a equipe técnica vai atuar com orientações sobre protocolos e ensaios clínicos. O grupo vai ainda discutir as orientações sobre ensaios clínicos de medicamentos com os desenvolvedores dos tratamentos, prevenir e diagnosticar a doença.
“O objetivo dessas orientações para desenvolvedores, incluindo acadêmicos, é permitir a rápida aprovação e condução de testes bem projetados, para que possam fornecer dados robustos necessários para permitir a tomada de decisões e evitar a duplicação de investigações”, continua a nota.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) de varíola dos macacos no último sábado (23). A doença é causada pelo vírus Monkeypox. Os sintomas são semelhantes ao da varíola, com com febre, dor de cabeça, dores musculares, exaustão e inchaço dos linfonodos.
Após o início da febre, uma erupção se desenvolve. Ela começa pelo rosto e depois se espalha pelo corpo, incluindo mãos e pés. De acordo com a Anvisa, embora seja tipicamente mais suave que a varíola, a varíola dos macacos pode ser fatal.
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