Chega ao fim, nesta sexta-feira (29), a “turnê mensal” da Lua pelos planetas, e o último a ser visitado será Mercúrio, que vai compartilhar nesse dia a mesma ascensão direta com o nosso satélite natural, aparecendo muito próximo a ele no céu, em um fenômeno chamado de conjunção astral.

No Brasil, a dupla será visível a partir das 18h08 (pelo horário de Brasília), atingindo uma altitude de 9° acima do horizonte ocidental. Em seguida, eles seguirão em direção ao horizonte, desaparecendo 59 minutos após o pôr do Sol, às 18h58.
A Lua estará em magnitude de -7.9, enquanto a de Mercúrio será de -0,7, ambos na constelação de Leão.
Segundo o guia de orientação do céu noturno In-The-Sky.org, o par não estará próximo o suficiente para caber dentro do mesmo campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou através de um par de binóculos.
“É importante ressaltar que, como a luminosidade do Sol é muito alta ainda nos primeiros minutos após se pôr, durante o crepúsculo, é provável que Mercúrio só seja possível de ser observado depois de uns 30 a 40 minutos, quando ele já estiver bem próximo ao horizonte”, explicou Marcelo Zurita, diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.
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Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e tem uma característica que muitas pessoas desconhecem: uma cauda. Segundo a NASA, a fina atmosfera do planeta é composta principalmente de oxigênio (O2), hidrogênio (H2), hélio (He), potássio (K) e pequenas partículas de sódio (Na), que brilham quando excitadas pela luz solar. A luz do Sol também libera e separa esses átomos provenientes da superfície.
Quanto à Lua, com a “visita” a Mercúrio, ela fecha um mês de grande visibilidade, com destaque para o dia 13, quando atingiu o perigeu (ponto mais próximo da Terra) ao mesmo tempo em que iniciou sua fase cheia, causando o fenômeno conhecido como Superlua.
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