Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, estão em busca de soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa principalmente o gás carbônico e o metano. Dentre as possibilidades consideradas, os pesquisadores propuseram uma alternativa que mais parece ter saído de um filme de ficção científica: mandar bolhas para o Espaço para reduzir a entrada de luz solar.

A ideia é desenvolver uma balsa de finas membranas semelhantes a bolhas. Essas membranas refletirão ou absorverão uma parte da luz solar que atinge a Terra. A equipe do MIT argumenta que se a quantidade de luz solar que chega à Terra for reduzida em 1,5%, poderíamos eliminar totalmente os efeitos de toda a produção humana de gases de efeito estufa.

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Por enquanto, a ideia ainda está no papel, a equipe ainda não definiu qual será o material de composição dessas bolhas, nem como elas serão enviadas para o Espaço (ou se realmente serão). O único ponto definido é o local-alvo: primeiro ponto LaGrange (L1) entre a Terra e o Sol. É nesse ponto que as forças gravitacionais de dois corpos massivos (nesse caso a Terra e o Sol) cancelam a aceleração centrípeta. Especialmente em L1, está a sonda de observação solar SOHO.

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Outro ponto que precisa ser considerado é a estabilidade do sistema. Como as balsas vão se equilibrar entre as forças gravitacionais da Terra, do Sol e de outros planetas? Isso sem contar os eventuais micrometeoróides que passam no local, o contato direto com a radiação solar e os eventos oriundos desse astro, como as tempestades de vento solar.

Imagine os desafios para os engenheiros, que precisariam confeccionar a maior estrutura já enviada para o Espaço. Para bloquear míseros 1% da produção solar, seria necessário produzir uma balsa com milhares de quilômetros de largura. Os desafios dessa empreitada são inúmeros.

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Imagem: Ilustração de bolhas usadas para reduzir a luz solar e combater as mudanças climáticas Créditos: MIT

As bolhas não são suficientes para resolver o problema

Ao observar o problema, verifica-se que essa não é uma solução definitiva para a situação que a Terra enfrenta, afinal, os danos causados por mais de um século de industrialização avançada já definiram o curso da trajetória climática em uma direção ruim. Infelizmente, o impacto é tão devastador que, mesmo parando completamente as emissões de gases de efeito estufa amanhã, as consequências das mudanças climáticas ainda fariam parte do cotidiano das pessoas por décadas e até mesmo séculos.

De acordo com os cientista, esse aumento na temperatura da Terra nunca foi visto antes em nenhum registro geológico do planeta. O problema é tão grave que as tentativas disponíveis e conhecidas hoje para mitigar esse problema, não seriam suficientes. No caso das bolhas, ficam alguns questionamentos: qual o impacto desse procedimento ao longo dos anos, décadas e séculos? Qual efeito elas teriam na biosfera ou no nível de cobertura das nuvens? As dúvidas são inúmeras e ainda há muito a ser feito nesse campo.

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Via: Universe Today

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