Desde usinas de captura de carbono até a proteção de geleiras com cobertores gigantes, o que não falta são ideias para combater os efeitos das mudanças climáticas. Agora, uma equipe de cientistas pretende deixar as nuvens mais brancas, para que possam refletir mais luz solar para resfriar a Terra. 

O projeto se concentra em um método teórico de geoengenharia conhecido como “clareamento de nuvem marinha” (MCB, na sigla em inglês para Marine Cloud Brightening). 

Cientistas planejam usar tecnologias da geoengenharia para clarear as nuvens do céu, como forma de evitar maior absorção de calor. Imagem: Apollo51x – Shutterstock

De acordo com pesquisadores da Universidade de Washington, do Palo Alto Research Center e da Biblioteca Nacional do Noroeste do Pacífico, o modo como a técnica funciona é muito simples: se as nuvens brancas mais brilhantes refletem mais luz do Sol, absorvendo menos calor, quanto mais delas forem produzidas, teoricamente, poderemos resfriar a Terra.

Com esse objetivo em mente, esses estudiosos se uniram em uma “colaboração internacional aberta de cientistas atmosféricos”, visando pesquisar o potencial de usar o MCB para ajudar a resfriar a Terra, segundo o site The Byte.

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Clareamento de nuvens no combate às mudanças climáticas envolve análises de autoridades independentes

O Projeto MCB tem um processo de pesquisa de três fases direcionado ao desenvolvimento de tecnologia de pulverização que tem como objetivo enviar partículas microscópicas de água do mar ao céu, para ajudar a iluminar nuvens baixas. 

Cada fase do projeto será analisada por autoridades independentes, segundo um informativo sobre os estudos. Essas análises são para garantir que a tecnologia não venha a prejudicar a atmosfera

Se o plano funcionar, a equipe acredita que o clareamento das nuvens pode resfriar a atmosfera o suficiente para um aumento substancial no carbono atmosférico, potencialmente ganhando tempo para salvar o planeta das consequências das mudanças climáticas. 

Sem dúvida, é um projeto bastante ambicioso. Além disso, é importante ter em mente que essa é uma “solução Band-Aid”, na melhor das hipóteses, e que a geoengenharia de qualquer tipo enfrenta uma séria batalha nas comunidades públicas e científicas.

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