Artrópode marinho que come carne ataca banhistas na Califórnia; entenda

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por André Lucena 02/09/2022 15h25, atualizada em 04/09/2022 11h31
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Imagem: Artrópode marinho, Excirolana chiltoni, uma pequena espécie responsável por morder os pés das pessoas em praias da Califórnia. Créditos: ISTOCK / GETTY IMAGES PLUS
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Uma espécie de artrópode marinho microscópico invadiu a costa da Califórnia, nos Estados Unidos, e tem causado muitos transtornos dolorosos aos banhistas. Em entrevista ao CB8, uma mulher, que estava na praia Anza Cove, em San Diego, disse que foi mordida pela criatura e saiu com os pés sangrando de dentro do mar.

O professor da Scripps Institution of Oceanography, Ryan Hechinger, explicou que esse pequeno animal chamado Excirolana chiltoni, “é um artrópode, parente de roly-polys que vivem no oceano e em águas muito rasas até o Alasca e o Japão”. Segundo o professor, a fama que essas criaturas têm de morder pessoas é bem conhecida, já que “eles gostam de comer carne fresca”.

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A espécie Excirolana chiltoni é minúscula, apresenta cerca de 0,8 centímetros de comprimento, vive nas águas rasas do Oceano Pacífico e migra sazonalmente para cima e para baixo da costa. Esses crustáceos usam seus dentes afiados para cortar a carne de animais, vivos e mortos e, geralmente, atuam em bandos.

Embora causem muita dor e sejam capazes de tirar sangue, esses bichos não são muito perigosos para os humanos. Eles fazem um importante serviço no ecossistema marinho, ao auxiliar no ciclo de decomposição. O professor Hechinger declarou que é graças ao serviço deles que peixes mortos não emitem odor desagradável e característico da decomposição na praia.

Outras vítimas da criatura marinha

Um caso semelhante ocorreu com um adolescente no ano de 2017, em Melbourne, na Austrália. O jovem teve hemorragia grave nos tornozelos causada por uma espécie de artrópode marinho, o Cirolana harfordi. Especialistas acreditam que talvez o adolescente teve azar e entrou em um grupo desses animais enquanto se alimentavam de outra coisa.

Esses animais podem ser um incômodo em áreas não desejadas, inclusive em casos de afogamento. Segundo o centralcoastbiodiversity.org, em casos de afogamento, em que as autoridades ainda estão em busca do corpo da vítima, esses insetos podem dilacerar um corpo de tal forma durante um longo período de tempo que torna praticamente impossível a identificação da pessoa.

Via: Newsweek

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.