Uma nova pesquisa publicada na revista Scientific Reports revela que o impacto do asteroide que extinguiu os dinossauros foi tão poderoso que causou enormes incêndios florestais a quase 2500 km de distância.

Há cerca de 66 milhões de anos, um evento de extinção em massa ceifou cerca de 3/4 de todas as espécies vivas no planeta. O consenso científico é de que essa catástrofe foi causada pela colisão de um asteroide gigantesco que deixou uma cicatriz de 200 km de largura na Terra, a Cratera de Chicxulub.

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Uma das consequências do impacto foram os incêndios florestais em seus arredores, mas os especialistas ainda não têm certeza de sua causa imediata.

“Até agora, não tem sido claro se os incêndios foram causados como um resultado direto do impacto ou se foi algo subsequente, conforme a vegetação morta pela escuridão formada pelos detritos era calcinada por relâmpagos, por exemplo”, explica Ben Keller, geocientista da Universidade de Aberdeen, na Escócia, e coautor do estudo.

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As evidências dos incêndios

Ao analisar rochas que datam do impacto, a equipe de geocientistas responsável pelo estudo acredita ter encontrado novas evidências de que os incêndios florestais começaram poucos minutos depois da colisão do asteroide.

Os pesquisadores afirmam que as árvores teriam queimado a temperaturas de até 1000 graus Celsius nas poucas dezenas de minutos entre o impacto e o tsunami que varreu esses locais. Nessa lógica, os incêndios costeiros teriam durado menos, já que a água os teria alcançado primeiro.

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Quanto à verdadeira causa do fogo, os pesquisadores concluíram que uma bola de fogo decorrente da colisão ou uma chuva de rocha derretida teriam sido as responsáveis.

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Kneller afirma que a pesquisa “cria uma imagem vívida e um tanto assustadora do que aconteceu nos momentos logo após o impacto do asteroide.”

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