Os cientistas estão em busca de compreender algumas peculiaridades do manto terrestre, como a abundância de carbono encontrada nessa estrutura. Para isso, foi realizado um experimento de laboratório que combinou ferro, carbono, água, temperatura e pressão extremas.

Além da composição estrutural, o estudo pretende descobrir como atua a interface do manto central, onde ondas de terremotos diminuem drasticamente. Geralmente, essas regiões são conhecidas como “zonas de velocidade ultrabaixa”. Embaixo da África e do Oceano Pacífico, há duas manchas solares gigantes, que ainda não se sabe ao certo como elas são.

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Para alguns cientistas, essas manchas datam de 4,5 bilhões de anos e os materiais que compõem suas estruturas surgiram em um período muito antigo na vida da Terra. Porém, um novo estudo sugere que algumas dessas zonas de velocidade ultrabaixa têm sua existência assegurada pelas placas tectônicas. Estima-se que a formação dessas placas tenha começado há 3 bilhões de anos, ou seja, esse dado refuta a idade de 4,5 bilhões de anos apresentada anteriormente pelos pesquisadores.

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O geólogo da Universidade Estadual do Arizona e principal autor do estudo, Sang-Heon Shim, declarou que “a transição entre o núcleo da Terra e o manto é tão dramática quanto o contato entre rochas e ar na superfície do planeta. Com essa transição, especialmente em altas pressões e temperaturas, uma química estranha pode ocorrer”.

A interação entre os materiais da crosta e do manto central, localizado a cerca de 3.000 quilômetros abaixo da superfície da Terra, em zonas de subducção, onde placas tectônicas empurram umas às outras, empurra a crosta oceânica para o interior do planeta.

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Como ocorre o acúmulo de carbono no manto

Segundo o geólogo, quando a água está sob alta pressão e temperatura, entre o manto e o núcleo, ela se comporta completamente diferente de quando ela está na superfície. Nessa situação, as moléculas de hidrogênio são separadas de moléculas de oxigênio. A alta pressão torna o ferro, presente em grande quantidade no núcleo, uma espécie de imã que captura hidrogênio.

Desse modo, o oxigênio dissociado permanece no manto, e o hidrogênio se funde com o núcleo. Quando isso acontece, o hidrogênio passa a repelir outros elementos, como o carbono. Esse componente tão essencial para a Terra se concentra no manto e, sob altas pressões, o diamante acaba sendo formado.

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Logo, o manto apresenta de três a cinco vezes mais carbono do que os pesquisadores esperavam, com base na proporção de elementos em estrelas e outros planetas. Shim disse que “os diamantes do núcleo do manto provavelmente serão flutuantes e capazes de se mover através da crosta, distribuindo seu carbono ao longo do caminho”.

Via: The Times Hub

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