* Por Jansen Moreira

Engajar colaboradores sempre foi um dos desafios primários das empresas dos mais diversos setores. Um dos métodos mais eficientes para cumprir essa missão são as campanhas de incentivo, que podem recompensar o time de variadas maneiras. No entanto, como toda estratégia, a companhia precisa de assertividade e muitas premiações ainda não são eficazes em seu propósito, justamente por não atender às expectativas de seu público-alvo: o funcionário.

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Hoje, se a organização deseja, de fato, seguir por um caminho à prova de erros, a recompensa financeira é a forma certeira de atingir esse objetivo. A visão é corroborada por um levantamento recente de uma startup do segmento, no qual identificou que cerca de 90% dos vendedores do setor varejista resgatam esse tipo de recompensa em campanhas de incentivo.

O grande motivo para esse nível de preferência está na multiversidade de escolhas que o dinheiro traz para o colaborador. Muitos gestores podem pensar que itens específicos vão agradar os integrantes do seu time por serem “especiais”. Ou seja, assim como podemos criar carinho por pessoas que nos dão presentes pessoais, o mesmo aconteceria em relação a funcionários e as organizações para as quais prestam serviços.

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Como exemplo, vamos imaginar que uma determinada empresa decide premiar o seu melhor vendedor do mês com uma televisão. O raciocínio básico dos líderes é de que aquele produto fará o colaborador lembrar da corporação toda vez que assisti-lo, assim como trazer em sua mente pensamentos de quanto o ambiente é bom, que a empresa está preocupada em oferecer benefícios adicionais ao salário e, consequentemente, merece o seu esforço diário.

No entanto, o resultado não é exatamente esse por uma razão essencial: o time é formado por pessoas diferentes, o que gera infinitos cenários. Há a possibilidade do indivíduo recompensado já ter uma TV em casa, então não a enxergará como um “presente especial”; ele também simplesmente pode não gostar de assistir televisão; ou ainda há chances dele estar num contexto de vida em que o produto pode vir a se tornar uma dor de cabeça adicional, como uma mudança de casa, no qual o item em questão seria mais um que precisaria ser transportado.

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Já o dinheiro evita essa jornada desgastante do prêmio físico, pois garante que o colaborador o utilize a seu bel-prazer, seja para viajar, fazer compras no supermercado, na compra de demais produtos e serviços, etc. Em uma realidade na qual a inflação pressiona o bolso dos brasileiros, uma recompensa financeira pode significar a saída do funcionário do vermelho, o que seria muito mais útil para aquele momento da sua vida do que outra recompensa personalizada.

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Ou seja,os benefícios financeiros em campanhas de recompensas são uma saída que também traz agilidade e facilidade para o método. Para a empresa, é tão rápido colocar o montante na mão do funcionário, como para ele utilizá-lo. Porém, tratando-se de outros prêmios mais específicos, os líderes carregam riscos de imprevistos a todo momento, criando mais chances de um desgaste.

Por todos esses motivos, não há dúvidas de que as recompensas financeiras são o melhor caminho para engajar os colaboradores. Por meio desse recurso, o processo de motivação do time se torna mais perene, orgânico e eficiente.

* Jansen Moreira é CEO e fundador da Incentive.me, startup de tecnologia para gestão de campanhas de incentivo de vendas. Com passagem por empresas como Huawei e Tetra Pak, Jansen é graduado em Desenho Industrial pela PUC-RIO e possui MBA em Marketing e Gestão de Clientes pela Universidade Gama Filho.

Imagem: rafastockbr (Shutterstock)

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