A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) divulgou, pela primeira vez, os resultados de sua exploração marciana mais de um ano depois que o rover Zhurong pousou na superfície do Planeta Vermelho.

Em 2020, a China lançou o rover, uma sonda e um dispositivo de aterrissagem no que foi uma missão ambiciosa rumo a Marte. Os equipamentos chegaram ao seu destino em 2021, e, até o momento, Zhurong já percorreu 1,9 km analisando o solo do planeta.

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A sonda Tianwen-1 está há 780 dias orbitando Marte, segundo a CNSA, e obteve sucesso em seus objetivos. Em apenas um ano de operações, o dispositivo foi capaz de mapear todo o planeta, capturando imagens de seus polos e de acidentes geográficos como cânions e crateras. Tianwen-1 tem circulado completamente o planeta três vezes a cada dia marciano, ao passo que se comunica tanto com o rover Zhurong quanto com a Terra.

A sonda Tianwen-1 orbitando Marte. Crédito: CNSA

Os dados obtidos pela China

De acordo com a emissora de TV chinesa CGTN, a sonda e o rover já coletaram 1480 gigabytes de dados científicos que mostram a relação ente a formação das características geológicas de Marte e o histórico da presença de água no planeta.

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Em maio deste ano, o rover encontrou novas evidências das atividades aquáticas que ocorreram no passado de Marte, revelando que a água líquida já fluiu em sua superfície e confirmando a presença de minerais hidratados que poderão ser aproveitados por futuras missões tripuladas ao planeta. Os cientistas também descobriram que o solo onde o rover pousou tem características físicas que indicam o contato com a água em algum momento.

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Zhurong também enviou à Terra diversas informações sobre a evolução geológica e as transformações ambientais nos arredores da Utopia Planitia, um local que acredita-se ter sido um oceano há cerca de um bilhão de anos.

A China visa desenvolver um amplo modelo topográfico de Marte conforme a busca por vida em sua superfície continua.

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