A R-Crio, pioneira no processo de isolamento, expansão e armazenamento de células-tronco do dente, tecido adiposo e do céu da boca (periósteo do palato), em conquista inédita para o Brasil, estabeleceu através de um acordo de cooperação inédito com o KSCIA International Space Academy, uma base no Life Science Lab (Laboratório de Ciências da Vida no Espaço), na área Kennedy Space Center (KSC), na Flórida (EUA).

A base servirá para trabalhos com o segmento de pesquisa que já realiza com o uso das células-tronco para a medicina regenerativa e o desenvolvimento de estudo sobre o comportamento das mesmas células em ambiente com microgravidade.

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O laboratório, localizado em Campinas (SP), tem à frente o cientista e membro do International Society for Cellular Therapy, José Ricardo Muniz Ferreira, que estudou a fundo e aprimorou a técnica de extração, armazenamento e cultivo das células-tronco.

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Segundo ele, esse é um grande acontecimento para a ciência brasileira, com sementes plantadas desde 2014, que só foi possível por envolver muito empenho e parcerias importantes como a aliança R-Crio/ Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), juntamente com a Michaelis Foundation for Global Education (organizadora do Science Days) e o KSCIA um Centro de Educação e Pesquisa Espacial.

“Nesse espaço estamos próximos de divisões científicas de estudos muito importantes como o da Universidade de Zurique, da Universidade da Flórida, o centro de pesquisas da Estação Espacial Internacional, conhecida como ISS (International Space Station), que envia experimentos para o espaço e de tantos outros importantes grupos internacionais. Por meio dessa parceria, será dedicado um ‘braço’ do nosso seguimento de pesquisa e desenvolvimento ao estudo do comportamento das células-tronco em ambiente com microgravidade. Isso pode melhorar a solução de entrega para a medicina regenerativa, seja para a produção de medicamentos ou o uso direto das células-tronco em terapias”, explica Muniz Ferreira.

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Outros ambientes

O cientista ainda conta que algumas outras parcerias acadêmicas e institucionais estão sendo discutidas, entre elas estão: a Vaya Space – empresa de foguetes norte americana com motor híbrido de vórtice e líder emergente em acesso espacial sustentável e o Instituto de Tecnologia da Flórida (FIT).

Também há a pesquisa no Laboratório de Engenharia de Tecidos e Biomateriais Funcionais, a qual concentra-se na recriação do microambiente extracelular do tecido, de modo a produzir condições favoráveis ao processo regenerativo e o departamento de Microbiologia e Ciência Celular da Universidade da Flórida (UF), que conta com o programa de pesquisa da Dra Jamie Foster, realizado desde 2012 no laboratório de Ciências da Vida, no Kennedy Space Center, dedicado a examinar as interações entre comunidades microbianas e seus ambientes circundantes.

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“No final de setembro está prevista uma nova incursão aos EUA do pesquisador André Pelegrine, da R-Crio, e do presidente da ANADEM, Raul Canal, que serão recepcionados e acompanhados por Jefferson e Carla Michaelis (Michaelis Foundation for Global Education), para reuniões que buscam estabelecer alianças internacionais para pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia entre o Brasil e o EUA nas áreas de bioengenharia, células-tronco e suas possibilidades no universo da medicina regenerativa”, finaliza o cientista.

Em Campinas, interior de São Paulo, está situado o centro pioneiro na técnica de isolamento, expansão e armazenamento de células-tronco do dente, tecido adiposo e do céu da boca (periósteo do palato) do país, a R-Crio. O laboratório tem à frente o cientista e membro do International Society for Cellular Therapy, José Ricardo Muniz Ferreira, que estudou a fundo e aprimorou a técnica de extração, armazenamento e cultivo das células.

Imagem destacada: Yurchanka Siarhei/Shutterstock

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