Neste domingo (25), em entrevista à emissora de televisão NBC, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que o país responderá a qualquer uso de armas nucleares da Rússia contra a Ucrânia.

“Se decidirem cruzar essa linha, haverá consequências catastróficas para a Rússia”, disse Sullivan. “Os EUA responderão decisivamente”.

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Vladimir Putin volta a fazer ameaças nuclear
Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, voltou a fazer uma ameaça nuclear, informando que usará “todos os meios necessários” para a defesa de seu país. Imagem: Divulgação/Kremilin

Segundo a agência de notícias Reuters, ele não revelou como Washington reagiria, mas contou ter dito em particular às autoridades russas, “com mais detalhes”, exatamente o que isso significaria.

Seus comentários seguiram a ameaça nuclear velada de quarta-feira (21) pelo presidente Vladimir Putin, que disse que vai usar “todos os meios” necessários para a defesa de seu país e completou: “Isto não é um blefe”.

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Esta segunda-feira (26) é o quarto dia em que cidadãos de quatro regiões da Ucrânia votam nos referendos organizados pela Rússia pela anexação das áreas ocupadas. Kiev e o Ocidente consideram a votação uma farsa, dizem que os desfechos são pré-determinados e que não reconhecerão o resultado.

Questionado no fim de semana se Moscou poderia usar armas nucleares para defender regiões anexadas, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que o território russo está sob a “proteção total do Estado”.

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Serhiy Gaidai, governador de Luhansk, uma das entidades políticas criadas após a Revolução Ucraniana de 2014, disse que funcionários apoiados pela Rússia estavam carregando urnas de porta em porta, acompanhados por funcionários de segurança.

Segundo Gaidai, os nomes dos moradores são retirados se eles não votam corretamente ou se recusam a votar. “Representantes das forças de ocupação estão indo de apartamento em apartamento com urnas. Esta é uma votação secreta, certo?”

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Além de Luhansk e Donetsk, no leste, a Rússia também quer incorporar Zaporizhzhia e Kherson, no sul. Essas quatro regiões representam cerca de 15% da Ucrânia. As forças russas não controlam todo o território nessas regiões, onde os combates ainda se espalham. Eles se somariam à Crimeia, anexada pela Rússia em 2014 após um referendo semelhante.

A votação termina na terça-feira (27), e o parlamento russo pode, então, agir rapidamente para formalizar as anexações.

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Em andamento há sete meses, a guerra na Ucrânia já matou dezenas de milhares de pessoas, arrasou cidades e povoados, fomentou a inflação global e desencadeou o pior confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos em 1962, quando os EUA e a então União Soviética chegaram mais perto do conflito nuclear.

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