O brasileiro está otimista de que poderá gastar mais e melhor nesta Black Friday. Em nova pesquisa encomendada pelo Google ao Instituto Ipsos mostra que não apenas um número maior de consumidores pretende ir às compras durante a já tradicional data de promoções que antecede o Natal, como eles também estão dispostos a comprar mais.

Entre os mil entrevistados, 71% declarou que pretende comprar nesta Black Friday, um crescimento de 29% em relação a 2021. Uma das razões é o aumento da confiança da classe C, cuja intenção de compra aumentou 32% em relação a 2021, enquanto na classe A e B o aumento foi de 23%.

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A pesquisa, apresentada durante o evento Black Friday Connections Store, realizado nesta quinta-feira (29) em São Paulo, também mostra que, em média, cada consumidor pretende adquirir produtos de 5 categorias neste ano – no ano passado, a média era de 4,2 categorias por pessoa. Roupas e Acessórios estão no topo da lista de desejos dos brasileiros, com quase metade (47%) das pessoas declarando que vão comprar produtos desta categoria.

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Black Friday
Imagem: Paper Wings/Shutterstock

Entre as mais populares, é possível encontrar também Livros e Itens de Papelaria – em 2022, a intenção de compra saltou de 31% para 43%, sinalizando que a Black Friday deve ser usada para antecipar as compras de material escolar. Em terceiro lugar estão os Calçados, cuja intenção de compra mais que dobrou (era de 17% em 2021 e saltou para 38% neste ano).

Celulares e eletrônicos sempre nas buscas

Sempre em alta na Black Friday, os Celulares aparecem em quarto no ranking de intenção de compra, após apresentarem uma pequena alta neste ano, saindo de 34% para 36%. Em quinto lugar está o interesse por Eletroportáteis, cuja intenção de compra era de 18% em 2021 e passou a 33% em 2022, o que mostra que o brasileiro quer estar com a casa equipada para receber os amigos e familiares durante os jogos da Copa do Mundo e festas de final de ano, como Natal e Ano Novo.

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“A Black Friday deste ano recebe um consumidor que, apesar de estar em uma situação econômica desafiadora, não está esvaziado de desejos”, afirma Gleidys Salvanha, diretora de negócios para o segmento de Varejo do Google Brasil. “O aumento da intenção de compra é reflexo do aumento da confiança do consumidor, que acredita que sua capacidade de compra vai melhorar até o final do ano”.

De acordo com a pesquisa, 88% dos consumidores acreditam que sua capacidade financeira de comprar produtos continuará igual ou deve melhorar até o final do ano, enquanto apenas 11% acreditam que sua situação financeira vai piorar. Ao mesmo tempo, 89% pretendem comprar algo para si na Black Friday.

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Dados de mercado corroboram a tendência de otimismo em relação ao consumo nos próximos meses: em setembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avançou 5,4 pontos percentuais, alcançando 89 pontos, o maior nível desde janeiro de 2020. Entre os motivos está a queda na expectativa dos consumidores de aumento da inflação, aumento do otimismo em relação ao mercado de trabalho e da intenção de consumo.

Um consumidor mais exigente

Além de preços vantajosos, os brasileiros estão mais atentos à qualidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Offerwise, quase metade (45%) dos consumidores entende que, passadas as restrições da pandemia da COVID-19, eles agora podem decidir de forma mais consciente quais produtos, marcas e serviços comprar. Além disso, a pesquisa mostrou que 8 em cada 10 pessoas estariam dispostas a trocar de marca caso entenda que ela não está conectada à sua identidade ou suas necessidades.

Na Busca do Google, o interesse por produtos das categorias de Varejo, associados às palavras “barato” ou “melhor”, se inverteu na comparação entre 2020 e 2022: entre abril e junho de 2020, as buscas associadas a “barato” eram 53% maiores que o volume de buscas associadas a “melhor”. Porém, em 2022, as buscas por “melhor” já superam as buscas por “barato” em 27%. Isso significa que o consumidor valorizou o preço baixo como pré-requisito para atender suas necessidades mais imediatas durante a pandemia, mas agora volta a dar mais peso ao quesito qualidade.

“Essa será a Black Friday das melhores escolhas para cada consumidor, de acordo com suas necessidades e contexto econômico”, diz Fernanda Bromfman, líder de Commerce para médias empresas do Google Brasil. “Itens com ticket médio mais alto, como TVs, celulares ou itens de informática, ou menos essenciais, como moda esportiva, devem estar na lista dos consumidores de classes A e B. Neste ano, a Black Friday para a classe C deve incluir mais produtos nas categorias de alimentos e eletroportáteis”.

Um dos destaques apontados pela pesquisa é o aumento da confiança dos consumidores da classe C. Quase 7 em cada 10 brasileiros nesta faixa (68%) declarou que pretende comprar algum item nesta Black Friday, elevando a intenção de compra a um nível mais próximo do observado nas classes A e B (78%).

Em 2021, 64% das pessoas da classe A e B afirmavam que comprariam algum item, enquanto a mesma afirmação foi feita por 51% dos entrevistados da classe C. Neste ano, a pesquisa também registrou um crescimento de pessoas de classe C que declararam que com certeza vão comprar na Black Friday: o dado passou de 13% em 2021 para 22% em 2022, num crescimento de 73%. Já na classe A e B, esse crescimento foi de 31% (passando de 26% dos entrevistados para 34%).

Dos 20 itens analisados, apenas dois tiveram maior intenção de compras da classe C: Alimentos (30%, contra 27% das classes A e B) e Eletroportáteis (35%, contra 30% das classes A e B). No geral, o desejo de compras da classe C segue a média dos brasileiros, sendo liderado por Roupas e Acessórios (46%), Livros e Itens de Papelaria (42%) e Calçados (37%). Os Celulares ficaram em quinto lugar, com 34%, atrás dos
Eletroportáteis que ocupam a quarta posição.

Um consumidor multicanal

Os números da pesquisa também revelaram que o brasileiro consolidou seus hábitos de compra adquiridos ao longo dos últimos anos e cada vez mais compra por meio de diferentes canais, sejam de e-commerce ou lojas físicas. No total, 72% dos entrevistados na pesquisa afirmaram que compraram tanto em canais on-line quanto offline nos últimos seis meses, em um crescimento de 10 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Para a Black Friday de 2022, 57% dos entrevistados afirmaram que pretendem fazer suas compras por meio de sites, 51% por meio de aplicativos e 45% por meio de lojas físicas.

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