Ônibus brasileiro movido a energia solar é destaque em SC

Gabriel Sérvio30/09/2022 15h49, atualizada em 30/09/2022 17h21
Ônibus brasileiro movido a energia solar
Imagem: Laboratório Fotovoltaica/UFSC/Reprodução
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No meio automotivo, algumas empresas já apostam em células solares para alimentar a bateria dos veículos elétricos. Uma solução mais sustentável do que depender apenas dos carregadores convencionais.

Um grupo de pesquisadores em Florianópolis (SC) está de olho na ideia faz tempo e apresentou ainda em 2016 o eBus, um protótipo de ônibus elétrico com tecnologia 100% nacional alimentado por energia solar. 

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Com ar-condicionado, Wi-Fi e tomadas nas poltronas, o veículo foi desenvolvido no laboratório de energia solar fotovoltaica da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Os únicos componentes importados do Japão são as baterias de lítio.

Segundo o professor Ricardo Rüther, um dos responsáveis pelo projeto, o eBus foi criado para atender uma demanda do campus: encontrar uma maneira de transportar pessoas entre as instalações sem depender de combustível fóssil. 

O veículo demorou menos de doze meses para ficar pronto e começou a operar em 2017, rodando cerca 40 mil quilômetros por ano até 2019. Com a pandemia, o ônibus só voltou a rodar no início de 2022 e até agora contabiliza 120 mil quilômetros percorridos.

Recarga por painéis solares

Em vez de usar células solares na carroceria, o ônibus é recarregado com a eletricidade vinda do conjunto de placas instaladas no telhado do laboratório:

Ônibus brasileiro movido a energia solar.
Imagem: Laboratório Fotovoltaica/UFSC/Reprodução

Agora, o plano é desenvolver carregadores rápidos e por indução para adaptar o mesmo conceito no transporte público urbano.

Para funcionar, Rüther destaca que será preciso instalar placas indutoras sob o asfalto das estações de recarga e manter o eBus estacionado enquanto recebe energia sem fios (basicamente o mesmo processo que um carregador por indução para smartphones).

Outra forma de recuperação de energia é o sistema de frenagem regenerativa, que também produz eletricidade para as baterias. Uma carga completa do ônibus demora cerca de uma hora, estimam os pesquisadores.

Imagem principal: Laboratório Fotovoltaica/UFSC/Reprodução

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.