Segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a média móvel de óbitos por covid-19 segue uma trajetória consistente de queda há sete dias e se encontra no menor patamar da pandemia há cerca de 20 dias.
De acordo com informações da Agência Brasil, na quarta-feira (28), a média registrou, pela primeira vez desde 4 de abril de 2020 – início do surto -, menos de 50 mortes por dia. Nesta semana, o patamar diário chegou a menos de 60 óbitos pela primeira vez, com uma média de 58 vítimas na segunda-feira (26); 51 na terça-feira (27); 46 na quarta-feira (28); e 43 na quinta-feira (29).
![Coronavírus ainda provoca mortes no Brasil](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2022/04/morte-coronavirus-covid-1024x682.jpg)
O pesquisador do Observatório Covid-19 da Fiocruz Diego Xavier avalia os dados com otimismo e destaca que a tendência de queda nas mortes e internações observada desde a segunda quinzena de julho está se confirmando. Ele explica que o alto percentual de vacinados somado ao grande número de pessoas já expostas ao coronavírus formou um grande contingente de pessoas com imunidade híbrida à doença.
“O cenário que a gente tem é bastante otimista, principalmente graças à vacinação”, afirma, pedindo celeridade na imunização das crianças menores de 3 anos, cuja vacinação já foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 16 de setembro.
“A gente está com uma cobertura vacinal bastante expressiva, mas a gente precisa avançar principalmente nas crianças menores. Isso acaba botando em risco essa população frente a outras populações que já estão imunizadas.”
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Internações de crianças ultrapassa a de idosos
Recentemente, um levantamento do Observa Infância, também da Fiocruz, mostrou que o número de crianças internadas por complicações da covid-19 já ultrapassa o de idosos. Segundo a pesquisa, a situação reflete o sucesso da vacinação em idosos e a baixa cobertura das crianças menores de 5 anos, que causou uma inversão nos dados de internação pela doença.
A vacinação de crianças de 3 e 4 anos só pode ser feita com a CoronaVac – único imunizante aprovado para o grupo em caráter emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até 23 de setembro, somente 2,5% da população com essa faixa etária havia recebido a vacina, e, segundo o Vacinômetro do Ministério da Saúde, o número de doses aplicadas nessas crianças não chega a 1 milhão.
Para bebês de 6 meses a 2 anos, a Anvisa aprovou o uso da Pfizer pediátrica este mês, mas a vacinação ainda não começou – e não há previsão, embora a pasta afirme que, diante do contrato do ministério com a fabricante, a campanha deve se iniciar em breve.
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