Lançado em 1990, o telescópio espacial Hubble foi inicialmente considerado um fiasco: uma falha no polimento de seu espelho principal fez com que o equipamento se tornasse “míope”, incapaz de focar objetos muito distantes, exatamente aqueles que ele foi criado para estudar.

Par de galáxias conhecido como Arp-Madore 608-333 é registrado pelo Hubble. Imagem: ESA/Hubble & NASA, Pesquisa de Energia Escura/Departamento de Energia/Fermilab/Câmera de Energia Escura (DECam)/Observatório Interamericano de Cerro Tololo/NOIRLab/AURA

Uma “cirurgia corretiva” feita três anos depois permitiu que o telescópio pudesse cumprir sua missão tão majestosamente, que, mesmo com 32 anos de atividade, ele continua nos brindando com imagens cada vez mais fascinantes do cosmos e fornecendo valiosas informações científicas.

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O flagra mais recente, feito pela Câmera Avançada para Pesquisas, mostra duas galáxias interativas, que compõem o par conhecido como Arp-Madore 608-333, flutuando lado a lado. Embora pareçam serenas e inabaláveis, elas estão sutilmente distorcendo uma à outra por meio de uma interação gravitacional mútua que está perturbando e adulterando ambas. 

https://www.youtube.com/watch?v=cuLbURFq7Bc

Segundo comunicado da NASA, a captura das galáxias interativas em Arp-Madore 608-333 é parte de um esforço para construir um arquivo de alvos interessantes para um estudo futuro mais detalhado envolvendo o Hubble, telescópios terrestres e o Telescópio Espacial James Webb (JWST). 

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Ainda de acordo com a agência, decidir como conceder o tempo de observação do Hubble é um processo demorado, competitivo e difícil, e as observações são alocadas de modo a usar cada segundo do tempo disponível do telescópio. 

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No entanto, há uma fração de tempo pequena – de cerca de 2% a 3% – que não é utilizada quando o Hubble se volta para apontar para novos alvos. Programas de registros instantâneos, como o que capturou o par Arp-Madore 608-333, existem para preencher essa lacuna e aproveitar os momentos entre observações mais longas. 

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