As estátuas de cabeças de pedra localizadas na Ilha de Páscoa, próxima ao Chile, tiveram partes suas carbonizadas pelo vulcão Rano Raraku.

A CNN informou que o fogo percorreu mais de 100 hectares da ilha, danificando as esculturas criadas por polinésios há mais de 500 anos.

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O diretor da comunidade indígena Ma’u Henua, Ariki Tepano, que administra o Parque Natural Rapa Nui, descreveu os danos como “irreparáveis” e alertou que as “consequências vão além do que os olhos podem ver”.

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A subsecretária de Patrimônio Cultural do Chile, Carolina Pérez Dattari, disse que funcionários do CNM (Conselho de Monumentos Nacionais) do país “estão no terreno avaliando os danos” do incêndio nas estátuas.

Em postagem no Facebook, o conselho Rapa Nui informou que o parque nacional da ilha, que conta com 386 Moais está fechado enquanto as investigações avançam.

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Com informações de UOL

Parque que abriga supervulcão sofreu mais de 500 terremotos em setembro

Em setembro, 510 terremotos castigaram uma única região do Parque Nacional de Yellowstone, localizado em uma área que abrange os estados norte-americanos de Wyoming, Montana e Idaho — um número que representa quase o dobro da média.

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De acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS), os tremores ocorreram perto do Lago Grizzly, na região noroeste do parque, entre as áreas de Norris e Mamute, como parte de um “enxame” de terremotos que começou em julho. Desde então, houve cerca de 800 abalos sísmicos ao todo.

Todos os episódios registrados em setembro foram pequenos. Em todo o parque, o maior foi um terremoto de magnitude 3.9. Um abalo de tal magnitude pode ser sentido, mas raramente causa mais do que pequenos danos a estruturas ou objetos.

Diagrama mostra funcionamento da atividade vulcânica em Yellowstone. Imagem: Agil Leonardo – Shutterstock

Segundo o site Newsweek, o Parque Nacional de Yellowstone é uma das áreas mais sismicamente ativas dos EUA, conhecida não somente pelas centenas de pequenos terremotos que lá ocorrem todos os anos, mas também por seus muitos gêiseres geotérmicos e fontes termais. Lá também é o lar do supervulcão Yellowstone.

Tudo isso se deve ao fato de que o parque fica no topo de uma extensa rede de falhas tectônicas — fraturas entre dois blocos de rocha que permitem que eles se movam entre si. Esse movimento pode liberar enormes quantidades de energia, que é o que causa os terremotos.

Assim, Yellowstone tende a experimentar terremotos sequenciais devido ao movimento de fluidos vulcânicos ao longo das fraturas em rochas subterrâneas.

Mike Poland, físico do USGS e pesquisador encarregado do Observatório do Vulcão Yellowstone, disse à publicação que, embora o número recente de terremotos perto do Lago Grizzly tenha sido maior do que a média — o que, segundo ele, variava entre 150 e 200 por mês — isso não é algo incomum.

“Houve muitos meses em que vimos de 800 a 1000 terremotos”, disse Poland. “Por exemplo, em julho de 2021, houve um enxame de mais de 800 terremotos sob o Lago Yellowstone ao longo de 10 dias”.

Segundo Poland, o maior enxame dos últimos anos ocorreu entre junho e setembro de 2017, quando mais de 2.400 terremotos aconteceram na área entre o Lago Hebgen e a Bacia do Geyser Norris, que é a região mais sismicamente ativa do parque.

“Não há uma forte sazonalidade para esses enxames, pois eles podem ocorrer no inverno também, como em fevereiro de 2018, quando um enxame de mais de 500 terremotos localizados ocorreu na mesma faixa geral do Lago Hebgen até a Bacia de Norris Geyser”, disse Poland.

“Esta área tem muitas falhas pré-existentes, e quando as águas subterrâneas interagem com elas, você tem terremotos”, explicou. “A região também foi afetada pelo terremoto do Lago Hebgen de 1959, por isso é mais propensa a pequenos eventos de qualquer maneira”.

Ele diz que isso é o que faz dessa área a parte mais sismicamente ativa de Yellowstone.

Imagem destacada: f11photo/Shutterstock

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