Querendo sair do país? Portugal agora tem visto para trabalho remoto

A tecnologia hoje permite que muitos profissionais atuem em qualquer local do mundo e a pandemia da Covid-19 acelerou ainda mais esse processo. Pensando nisso, Portugal deu mais um passo para se tornar uma espécie de paraíso dos “nômades digitais” e criou um visto específico para o trabalho remoto.

Portugal já é um antigo destino dos brasileiros, principalmente por compartilharem um mesmo idioma. Não à toa, nós somos a maioria entre os estrangeiros no país. Mas recentemente, o destino entrou na mira também de outras partes do mundo devido ao seu custo de vida relativamente menor em comparação com outros países europeus.

De acordo com uma reportagem do jornal The Washington Post, apesar de ter sofrido com uma grande queda no volume de turistas durante e após a pandemia, o país viu crescer o número de viajantes que desejam permanecer no local a longo prazo. Agora, para facilitar e ter um maior controle sobre esse processo, o governo criou um visto específico para a categoria.

Portugal e o visto de “nômade digital”

O visto de nômade digital permite que pessoas que trabalham fora do país morem lá. Para conseguir, é preciso fornecer contrato de trabalho, documentos de residência fiscal e comprovação de renda média mensal nos últimos três meses equivalente a pelo menos quatro vezes o salário mínimo em Portugal (cerca de R$ 14 mil em conversão direta). Trabalhadores autônomos também podem requisitar a liberação desde que tenham a mesma renda citada.

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“Portugal é um país de imigração que precisa de imigrantes, que precisa e beneficia do contributo dos imigrantes para a sua demografia, para a sua economia, à sua cultura”, afirmou Ana Catarina Mendes em julho, quando o país ainda discutia a possibilidade do visto especial.

Portugal não é o primeiro país do mundo com esse tipo de visto voltado para “nômades digitais”. A Estônia foi considerada a primeira, criando a modalidade em 2019. Atualmente cerca de 25 países contam com a liberação, incluindo o Brasil, e outros estão com legislações em andamento para incluir a categoria em seus vistos.

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