Se você é uma daquelas pessoas apaixonadas pelos fenômenos astronômicos, a madrugada deste sábado (15) promete um espetáculo digno de ser contemplado e fotografado. A Lua, em sua fase minguante, e o nosso vizinho Marte vão compartilhar a mesma ascensão reta, aparecendo bem próximos no céu – um fenômeno conhecido como conjunção.

A dupla Lua e Marte no ponto mais alto no céu na madrugada deste sábado (15). Imagem: Stellarium

Ao mesmo tempo, ocorre o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.

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O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

De acordo com o site In-The-Sky.org, por volta das 23h13 desta sexta-feira (14), Lua e Marte vão atingir uma altitude de 7º acima do horizonte a nordeste, na constelação de Touro, estando a pouco mais de 3º um do outro. (Todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília).

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A dupla alcança seu ponto mais alto no céu às 4h09 da madrugada de sábado, 51° acima do horizonte a norte. Com o nascer do Sol, por volta das 5h28, eles deixarão de ser vistos, no momento em que estarão a 46° acima do horizonte a noroeste.

O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com um par de binóculos.

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Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol e talvez um dos mais destacados do céu noturno devido à sua famosa tonalidade vermelha. A cor se deve à presença de minerais ricos em óxido de ferro na poeira que cobre sua superfície.

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A Lua, por sua vez, está no fim de sua “turnê mensal” pelos planetas. Antes de Marte, ela visitou Urano (12), Júpiter (8) e Saturno (5). Essa série de conjunções ocorre em razão da Lua orbitar a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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